As ações do Facebook caíram mais de 10% durante as negociações desta segunda-feira (24) e acionaram o "circuit breaker", a interrupção das negociações dos papéis da empresa para evitar movimentos especulativos. A desvalorização das ações da empresa de Mark Zuckeberg foi puxada por preocupações dos investidores com a possibilidade de a empresa não conseguir fazer a venda de anúncios gerar lucro.
As preocupações foram reforçadas, segundo jornais e agências, por um artigo da revista Barron's que põe em dúvida a capacidade da empresa de gerar receita via publicidade. O texto diz que os papeis devem cair abaixo de US$ 15.
As ações da empresa fecharam em queda de 9,1% nesta segunda, a US$ 20,79. Segundo a Bloomberg, é a maior queda desde 27 de julho.
Na mínima do dia, as ações caíram mais de 10%, e acionaram um pequeno "circuit breaker". Às 12:37, segundo o "Wall Street Journal", a Nasdaq, que negocia as ações da empresa, alertou os investidores que as ações teriam as vendas restritas. Pelas regras da Securities and Exchange Commission (SEC), o xerife do mercado dos EUA, o mecanismo é ativado quando papeis caem mais de 10% em relação ao fechamento do dia anterior.
Revista
O artigo da Barron's trata da queda de 40% das ações da empresa desde o lançamento e questiona se é interessante comprar os papeis, já que estão em queda. "A resposta curta é: 'Não.'", diz a revista.
Segundo o texto, as preocupações com a renda da empresa via anúncios, continuam e estão crescendo. Um dos problemas levantados é a rápida mudança na base de usuários do Facebook para plataformas móveis. De acordo com o artigo, mais da metade dos usuários hoje acessam o site via smartphones e tablets, "o que parece ter pego a empresa de surpresa". "O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg deve encontrar uma forma de rentabilizar o seu tráfego móvel porque o uso em PCs tradicionais, onde a empresa faz praticamente todo o seu dinheiro, está em declínio em seus mercados grandes e estabelecidas. Essa tendência não é susceptível a mudar."
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