15/10/2012 17h24 - Atualizado em 15/10/2012 17h45

'Agora é a hora de investir no Brasil', diz diretor executivo do NYT

Arthur Sulzberger Jr. falou na SIP sobre lançamento de edição para o Brasil.
'Nosso futuro é cada vez mais digital e cada vez mais global', afirmou.

Giovana SanchezDo G1, em São Paulo

O diretor executivo do jornal americano "The New York Times" (NYT), Arthur Sulzberger Jr., afirmou nesta segunda-feira (15) que o Brasil é hoje “um dos [países] mais importantes do mundo” e que “agora é a hora de investir no Brasil”.

“Esta é a primeira vez que venho ao Brasil, mas com certeza não será a última”, disse Sulzberger, durante a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol), que acontece em São Paulo até esta terça.

O executivo do NYT enfatizou a importância do país no cenário internacional atual e, nesse contexto, reiterou o anúncio de que o jornal americano lançará, no ano que vem, uma ediçao digital destinada ao público brasileiro.

15 de outubro - Arthur Sulzberger do jornal 'The New York Times' na Assembleia geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (Foto: Flavio Moraes/G1)Arthur Sulzberger, do jornal 'The New York Times', na Assembleia geral da Sociedade Interamericana de Imprensa nesta segunda-feira (15) (Foto: Flavio Moraes/G1)

Segundo ele, o serviço será similar ao lançado no começo deste ano na China, com 30 a 40 reportagens publicadas por dia com fotografias, dois terços das quais traduções de textos do jornal americano. Gráficos e itens multimídia virão com o tempo, segundo Sulzberger.

A experiência da página do jornal na China foi extremamente exitosa, segundo o executivo. “Nos primeiros 90 dias nós alcançamos o tráfego que havíamos colocado como meta para a primavera de 2013”, disse.

O jornal, no entanto, já teve matérias bloqueadas pela censura do governo. "Na China, trabalhamos de acordo com a condutra do governo de conduzir negócios no país. Mas fazemos isso nos mantendo fiéis às nossas convicções de verdade e de fluxo livre de informação. Discutimos se traduzir as matérias mais duras poderia gerar bloqueio dos chineses. Em todas essas instâncias, decidimos que devíamos publicar e arcar com as consequências. Tivemos matérias banidas, como esperávamos, nossos sites de media social fechados – na verdade foram fechados 48 horas após o lançamento. Não esperamos ter nenhum problema do tipo no Brasil, me avisem se pensam diferente", brincou Sulzberger.

Futuro digital
O diretor executivo falou também da influêcia da questão digital. “Embora ainda tenhamos bastante fé no nosso jornal impresso, nosso futuro é cada vez mais digital e cada vez mais global. [...] Hoje, um terço dos nossos leitores vivem fora dos EUA”, disse.

A programação do evento na íntegra está disponível na página da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa na internet.

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