01/10/2012 21h22 - Atualizado em 01/10/2012 21h22

Será preciso criar 600 milhões de empregos em 15 anos, diz Bird

Cerca de 200 milhões estão sem emprego por conta da crise, diz relatório.
Brasil é exemplo de rápida formalização do mercado de trabalho.

Do G1, em São Paulo

Nos próximos 15 anos, serão necessários 600 milhões de novos empregos para absorver os jovens em idade de trabalho, diz relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira (1º). O documento coloca o trabalho como uma preocupação mundial em todo o mundo tanto para governos e empresários quanto para a população que busca uma colocação para sustentar suas famílias.

Com as dificuldades de resolução da crise econômica, cerca de 200 milhões de pessoas, incluindo 75 milhões abaixo dos 25 anos, estão sem emprego, diz o Bird. Grande parte estão completamente fora da força de trabalho.

Segundo a entidade, o setor privado é o principal motor de criação de emprego atualmente, e fonte de quase 9 de cada 10 empregos criados no mundo. Entre 1995 e 2005, o setor privado respondeu por 90% dos empregos criados no Brasil e 95% nas Filipinas e da Turquia.

O exemplo mais notável da expansão do emprego por meio do crescimento do setor privado é a China. Em 1981, o emprego no setor privado era responsável por 2,3 milhões de trabalhadores, enquanto as empresas estatais tinham 80 milhões de trabalhadores. Vinte anos depois, nos anos 2000, o setor privado era responsável por 74,7 milhões de trabalhadores, superando, pela primeira vez, os 74,6 milhões trabalhadores nas estatais.

Brasil
O Brasil é citado no estudo do Bird como um exemplo de um país em que o mercado de trabalho conseguiu rápida formalização. Durante a última década, diz o relatório, a criação de empregos no setor formal do país tem sido três vezes mais rápida que no setor informal.

Apenas nos cinco anos que antecederam a crise, a participação do emprego formal no total das vagas do país aumentou cerca de 5 pontos percentuais. “Programas de proteção social que não exigem contribuição como o Bolsa Família, a simplificação das regras fiscais para pequenas empresas, maiores incentivos para que as empresas formalizar seus trabalhadores e melhor aplicação de impostos e regulamentações trabalhistas contribuíram para este sucesso”, diz o relatório.

Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia. Siga também o G1 Economia no Twitter e por RSS.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de