16/10/2012 14h01 - Atualizado em 16/10/2012 14h09

Companhia que não renovar concessão pode participar de licitação

Declaração foi feita por Luis Inácio Lucena Adams, ministro-chefe da AGU.
Ao comentar caso da Cemig, Hubner disse que situação seria avaliada.

Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo

Membros do governo e lideranças empresariais se reuniram em São Paulo para discutir prorrogação de concessões do setor elétrico (Foto: Fabíola Glenia/G1)Governo e empresários se reuniram em São Paulo
para discutir prorrogação de concessões do setor
elétrico (Foto: Fabíola Glenia/G1)

Companhias energéticas que optem por não renovar o contrato de concessão junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) poderão participar de novo processo de licitação, caso ele ocorra. A afirmação foi feita pelo ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luis Inácio Lucena Adams, durante abertura do seminário sobre prorrogação de concessões elétricas, realizado nesta terça-feira (16), em São Paulo.

“Se o concessionário entender, por não ser adequado, poderá não exercer a prorrogação e participar do processo de licitação”, disse.

Durante seu discurso, Adamns disse que uma das principas preocupações do governo durante a formulação da Medida Provisória 579 foi o de preservar a segurança jurídica. “É uma commodity que o Brasil já tem implementada e (...) é uma prática comum de todos os governos que se sucedem, de preservar a segurança jurídica das nossas atividades estatais, da atividade empresarial e da sociedade como um todo. Isso está fixado neste caso da MP 579. As regras não foram alteradas.”

Segundo ele, trata-se simplesmente da prorrogação específica de algumas concessões que estão por ser encerradas e que seriam submetidas a licitação. “Nesses condições, considerando essas especificidades, havendo essa opção do concessionário de prorrogar sua concessão ela o fará dentro daquelas condições. Mas é dado ao concessionário o direito de não renovar.”

O que o governo fez, segundo o ministro-chefe da AGU, foi reduzir e simplificar os encargos do setor elétrico. “O que se quer é uma melhor capacidade, uma melhor eficiência pelas suas reduções de custos. Isso é essencial enquanto política pública.”

Em conversa com jornalistas, após a palestra de abertura, Nelson Hubner, diretor geral da Aneel, falou sobre Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que estuda a possibilidade de entrar na Justiça para garantir a renovação de três importantes usinas usando as regras antigas.

Perguntado se a Cemig poderia participar do leilão dessas usinas futuramente, Hubner disse que “essas regras vão ser definidas ainda”.

A mesma pergunta foi dirigida a Marcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, ele foi categórico ao dizer que a informação tinha sido esclarecida pelo ministro Adams, durante palestra de abertura.

“O ministro Adams deixou bem claro, ele foi explícito, justamente para não haver dúvidas. (...) O ministro da Advocacia Geral da União falou isso (que poderão participar).”

O evento foi organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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