17/10/2012 18h53 - Atualizado em 17/10/2012 19h14

Prejuízo por incidente em Viracopos superou R$ 20 milhões, dizem aéreas

Aéreas tiveram que indenizar ao menos 27 mil passageiros, diz associação.
Incidente com avião cargueiro suspendeu quase 500 voos no aeroporto.

Do G1, em São Paulo

As companhias aéreas tiveram prejuízos de mais de R$ 20 milhões com a interdição da pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, por 45 horas entre sábado e segunda-feira, informou nesta quarta-feira (17), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Segundo a associação, as empresas tiveram que indenizar pelo menos 27 mil passageiros com a suspensão de quase 500 voos, após o incidente com um avião de carga da empresa norte-americana Centurion, que interditou a única pista de pousos e decolagens do aeroporto.

Segundo a Abear, só na terça-feira (16) os voos foram regularizados, mas passageiros, "até o momento, ainda estão sendo reacomodados".

"Mesmo sendo obrigadas a cancelar e remanejar tantos voos, as companhias foram ágeis no atendimento aos passageiros e na solução de problemas", afirmou em, comunicado, Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.

Reivindicação por segunda pista em aeroportos

A associação destacou que o Código Brasileiro de Aeronáutica prevê que as despesas de remoção e liberação do local do acidente com aeronave são de responsabilidade da companhia aérea, "no caso, a Centurion", e que, de acordo com os Regulamentos Brasileiro de Aviação Civil, o operador do aeroporto é o responsável pela remoção de qualquer veículo ou obstrução que possa representar perigo para as operações aéreas e por coordenar as ações necessárias para a retirada das aeronaves danificadas da área de movimento.

Para a Abear, a construção de uma segunda pista nos aeroportos mais movimentados, uma antiga reivindicação do setor, "poderia ter evitado ou reduzido os transtornos". "O alerta de que situações como esta poderiam vir a ocorrer já vem sendo feito pelas empresas aéreas há mais de dez anos", diz a associação.

“Além do aeroporto de Campinas, estamos pleiteando há muito tempo por mais uma pista nos aeroportos mais movimentados do país, como o de Confins, Porto Alegre, Salvador e Curitiba. Nesses dois últimos, as pistas auxiliares são muito curtas para receber a operação dos jatos de grande porte”, afirma Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da Abear.

Segundo a entidade, outro problema que tira a capacidade dos aeroportos brasileiros atualmente são as pistas de taxi. "Entre os 25 aeroportos mais movimentados do país, não possuem pista de taxi os de Florianópolis, Foz do Iguaçu, Aracaju e Navegantes. E embora tenham pistas de taxi, os aeroportos de Porto Alegre, Curitiba, Vitória, Cuiabá e São Luiz não possuem pistas que atendam às duas cabeceiras", lista a associação.

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