03/10/2012 12h34 - Atualizado em 03/10/2012 12h45

Governo de Portugal anuncia aumento do imposto de renda

Faixas de cobrança serão reduzidas e haverá sobretaxa de 4%.
PIB do país deve recuar 3% este ano, segundo ministro.

Do G1, com informações da Reuters

Ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar, participa de coletiva de imprensa sobre anúncio de novas medidas de austeridade (Foto: AFP)Ministro das Finanças de Portugal, Vitor Gaspar,
participa de coletiva de imprensa sobre anúncio de
novas medidas de austeridade (Foto: AFP)

Portugal irá aumentar impostos em diversos setores para garantir que o país alcance as metas fiscais necessárias para receber a ajuda de € 78 bilhões da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta quarta-feira (3) o ministro das Finanças do país, Vitor Gaspar.

O país irá aumentar o imposto de renda, e irá introduzir uma sobretaxa de 4% sobre o rendimento em 2013. As faixas de cobrança do imposto de renda serão reduzidas de oito para cinco, e os contribuintes da faixa mais alta, com renda acima de € 153,3 mil anuais, também estarão sujeitos a uma taxa adicional de 2,5%.

Portugal também lançará novos impostos sobre o capital e propriedades de luxo já neste ano, afirmou Gaspar a jornalistas. Ele disse que o governo vai propor ainda um imposto sobre transações financeiras e continuar o corte de gastos, acrescentando que em 2013 todas as medidas adicionais de austeridade equivalerão a 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o ministro, o PIB do país deverá recuar 3% este ano e 1% em 2013, mostrando recuperação a partir do segundo trimestre do próximo ano.

"O ajuste está sendo mais difícil do que o previsto", afirmou Gaspar, em uma referência ao aumento das previsões do desemprego para o próximo ano, que pode alcançar 16,4%, contra 16% previstos inicialmente.

As novas medidas, parte do projeto de orçamento para 2013 que será apresentado ao Parlamento em 15 de outubro, substituem um pacote de medidas anterior que consistia em compensar a redução de cargas sociais para os empresários com um aumento dos descontos dos trabalhadores.

Mas os protestos e manifestações em 15 de setembro em Lisboa e outras 30 cidades do país obrigaram o governo a desistir do programa.

As novas medidas também servirão para compensar a anulação pelo tribunal constitucional da medida de supressão de dois pagamentos extras para os trabalhadores e aposentados.

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