Capital pernambucana apenas assiste aos dias que antecedem à Copa
Na Bahia, os jogadores da Alemanha se misturaram ao torcedores da Bahia para gritar: "Baêa! Baêa! Baêa!".
Durante o treino, os alemães assistiram apresentação dos índios Pataxós.
Os ingleses, que vão jogar em Manaus, se instalaram no Rio de Janeiro, e já passearam na orla de Copacabana e posaram para fotos diante dos pontos turísticos da capital carioca.
A seleção do México vai jogar a primeira fase da Copa do Mundo no Nordeste, mas está instalada em Santos. Cerca de 3.500 torcedores mexicanos estarão no Recife, hospedados num hotel instalado num imenso navio.
Enquanto isso, o Recife, que vai sediar cinco jogos da Copa, não recebeu uma seleção sequer. Todas só vão chegar na véspera das partidas. Sequer vão utilizar os centro de treinamentos que foram preparados para o Mundial.
Lamentável.
Se todos que estavam defendendo a realização da Copa no Brasil argumentava que seria a oportunidade de divulgar a cidade para o Mundo, o momento mais importante seria esse: os dias que antecedem às partidas, o desembarque das seleções, a hospedagem, o dia-a-dia, a preparação, o contato direto com a torcida.
Recife não está vivendo este clima.
E pior, a Fan Fest perdeu sua força a partir do momento em que a Prefeitura do Recife condicionou a realização do evento com o apoio de empresas privadas. O acerto só aconteceu na semana passada. O curto tempo inviabilizou o acerto com as atrações culturais. Está mais interessante assistir aos jogos nos pontos de animação de São João, organizado pela prefeitura, do que propriamente na Fan Fest.
Enfim, cometemos erros durante a Copa das Confederações no ano passado. Isso gerou comentários negativos para a cidade, o que, certamente, influiu no fato de Recife não ter entrado na rota das seleções às vésperas do Mundial.