Enquanto São Paulo recicla apenas 1,5% dos resíduos, o índice em Caxias do Sul (RS) é de 25%. Tudo graças a um programa de coleta seletiva que separa o lixo em caixas verdes e amarelas. O seletivo é o amarelo, e o verde é o orgânico.
A coleta mecanizada atende 35% da cidade. O modelo reduziu o problema com insetos, roedores e o entupimento de bueiros, já que o lixo fica fechado nas caixas. O maior reflexo, porém, está nos números da reciclagem.
A coleta seletiva em Caxias do Sul não é uma novidade. Já existe desde 1991, mas o grande salto mesmo aconteceu em 2007, quando os contêineres foram colocados nas ruas. De lá para cá, a quantidade de lixo reciclável coletada na cidade triplicou.
Todo o material vai para associações de reciclagem da cidade. Na periferia, onde os morros dificultam a chegada de caminhões, a prefeitura oferece um incentivo a quem colaborar. O morador pode trocar quatro quilos de lixo reciclável por um quilo de frutas e hortaliças.
A novidade agora na cidade é o ecoponto. O espaço é diferente do que se conhece na Grande São Paulo. “Tudo o que está aqui está disponível para quem quiser levar. Inclusive, temos pedidos, e a gente anota”, diz Gilberto Meletti, gerente da companhia de limpeza de Caxias do Sul.
Um dos moradores, André Vidmann, já é freguês. Em casa, está o resultado das visitas: colchão, tanque, furadeira, serra elétrica, balcão, sofá e até a cadeira do filho. Tudo veio do Ecoponto.