Índios, ribeirinhos e moradores de comunidades rurais do sudoeste do Pará desocuparam o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira. O protesto, que durou nove dias, foi usado para pressionar a empresa Norte Energia a investir em melhorias para a região.
Após duas audiências de conciliação, a Norte Energia se comprometeu em atender as reivindicações dos índios. Está prevista a construção de postos de saúde, escolas, pistas de pouso e de torres de linhas telefônicas, além da manutenção de geradores de energia. O prazo dado pela empresa para o início das visitas técnicas nas aldeias foi de 15 dias.
Índios, pescadores ribeirinhos e agricultores ficaram acampados durante nove dias no sítio Pimental, um dos canteiros de obra da usina de Belo Monte, onde está sendo feito o barramento do rio Xingu. Apesar do acordo, as lideranças indígenas estão preocupadas com o cumprimento dos prazos estabelecidos pela empresa.
O Consórcio Construtor Belo Monte informou que já convocou os operários para retornar as atividades no sítio Pimental. A expectativa é nesta sexta-feira (19) as obras voltem à normalidade.
Em nota, a empresa Norte Energia informou que os nove dias de paralisação não devem comprometer o cronograma de conclusão da obra.
