01/10/2012 06h26 - Atualizado em 02/10/2012 11h00

Cisternas garantem aproveitamento da água da chuva em PE

Agricultores aproveitam a estiagem para construir cisternas.
Em Ouricuri, Pernambuco, as obras estão aceleradas.

Do Globo Rural

No município de Ouricuri, não chove há meses. Os animais não têm o que comer e a vegetação secou completamente.

A população da zona rural depende do abastecimento feito por carros-pipa, mas mesmo com toda esta dificuldade, o sertanejo não desiste. Além de enfrentar a seca, ele também se prepara para o período chuvoso, que só deve começar no ano que vem.

Na região do Araripe, os pequenos agricultores apostam na construção da cisterna calçadão. A estrutura garante um melhor aproveitamento da água da chuva.

A água armazenada neste tipo de cisterna não pode ser utilizada para consumo humano, só deve ser usada para os animais e para molhar as plantações.

De acordo com a ASA, Articulação do Semiárido que coordena a construção das cisternas em parceria com o Governo Federal, para que um agricultor seja contemplado com esse tipo de reservatório, ele já deve ter como armazenar água potável na propriedade.

Na cisterna calçadão, a água é captada em uma estrutura inclinada de cimento e escoa direto para dentro do reservatório. O tamanho pode variar de acordo com a necessidade de cada propriedade. Uma delas mede 10 metros de largura por 20 comprimento e tem capacidade para armazenar 52 mil litros de água.

O programa Segunda Água é executado pelo Governo Federal desde 2008 em todo o semiárido brasileiro, mas esta etapa em Pernambuco tem também a parceria do governo do estado.

O custo de uma cisterna calçadão é de R$ 7,5, dinheiro que é gasto com a compra de materiais e mão-de-obra. A família beneficiada se responsabiliza pela alimentação e hospedagem dos operários.

Só na região de Ouricuri foram construídas, até agora, 200 cisternas do tipo calçadão.
 

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