Um turista suíço foi assassinado com um tiro na cabeça na manhã deste domingo (25) na zona rural da cidade de Ribeirão Branco (SP). O serralheiro Max Kempf, de 69 anos de idade, que havia acabado de chegar a cidade, teria reagido a um assalto.
Segundo Theodor Alois Kempf, 70, proprietário do sítio localizado no Bairro do Batista, onde ocorreu o crime, o primo Max Kempf e um amigo chegaram a Ribeirão Branco na tarde deste sábado (24). Eles vieram pela primeira vez ao país com a intenção de visitar o parente.
Perto das 6h deste domingo, Kempf iniciou a extração de leite no próprio sítio. Nesse momento, segundo informações da polícia, três assaltantes encapuzados invadiram a propriedade rural.
Eles renderam a dona da casa e exigiram dinheiro. Em seguida, vasculharam os cômodos da residência e foram até o quarto onde Kempf e um amigo, também suíço, dormiam.
Os estrangeiros foram rendidos e os assaltantes ordenaram que eles deitassem sobre o chão. Segundo Kempf, o primo não compreendeu as ordens, o que irritou os assaltantes. Na sequência, ele foi atingido por um tiro na cabeça e morreu no próprio local.
Os três assaltantes fugiram a pé, levando dois celulares, câmera fotográfica, computador e um tablet, além de R$ 400 em dinheiro.
O corpo de Max Kempf foi levado até o Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva (SP) e, em seguida, liberado para a família. Ele foi enterrado perto das 14h, no cemitério de Ribeirão Branco, por decisão da família.
O primo da vítima afirmou que “o governo suíço não transporta corpos de volta ao país” e que decidiu enterrá-lo “na terra que agora considera sua”.
A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado e que buscas estão sendo feitas na cidade e na região. Até o momento desta publicação, não havia nenhuma pista sobre os assaltantes.
'A vida é assim', diz primo
O crime chocou a cidade de Ribeirão Branco, que tem pouco mais de 18 mil habitantes. Segundo a Polícia Militar, assaltos são incomuns no local, sobretudo na zona rural da cidade.
O dono sítio é naturalizado brasileiro e mora na cidade de Ribeirão Branco há 17 anos. No município, ele produz leite e queijos e é conhecido pela simpatia.
Em entrevista ao G1, ele afirmou estar “assustado, mas conformado”. “A vida é assim, não tem como fugir. Nada tem mais valor a não ser a vida da gente”, disse ele.
Kempf disse ainda que não pretende deixar o país, mas que espera que os assaltantes sejam capturados.
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