Um adolescente de 15 anos foi apreendido nesta terça-feira (27), suspeito de envolvimento na morte de um turista suíço, ocorrida no domingo (25), em Ribeirão Branco (SP).
O menor seria um dos três assaltantes que invadiram a casa onde estava o suíço Max Kempf, de 69 anos de idade. O turista e um amigo haviam chegado ao município na noite anterior para visitar um parente.
De acordo com testemunhas, os assaltantes estavam encapuzados e um deles, armado. No momento do assalto, o turista teria tentado explicar que não falava português. O comportamento foi entendido como reação e teria irritado os assaltantes. Kempf morreu no próprio local com um tiro na cabeça.
De acordo com o delegado responsável, as investiga-ções continuam para a localização dos outros envol-
vidos. (Foto: Giliardy Freitas / TV TEM)
Segundo o delegado Renato Knap Ribeiro, responsável pelas investigações, a Polícia Civil continua os trabalhos para a localização dos outros dois envolvidos.
O menor apreendido permanece na cadeia pública de Itararé (SP), onde aguarda vaga em uma das unidades da Fundação Casa.
Entenda o caso
O turista foi morto na manhã do último domingo (25), durante um assalto. Segundo Theodor Alois Kempf, 70, proprietário do sítio localizado no Bairro do Batista, onde ocorreu o crime, ele havia começado a extrair leite quando os assaltantes invadiram a propriedade.
Eles renderam a dona da casa e exigiram dinheiro. Em seguida, vasculharam os cômodos da residência e foram até o quarto onde Kempf e um amigo, também suíço, dormiam.
Os estrangeiros foram rendidos e os assaltantes ordenaram que eles deitassem sobre o chão. Segundo Kempf, o primo não compreendeu as ordens, o que irritou os assaltantes. Na sequência, ele foi atingido por um tiro na cabeça e morreu no local.
Os três assaltantes fugiram a pé, levando dois celulares, câmera fotográfica, computador e um tablet, além de R$ 400 em dinheiro.
O crime chocou a cidade de Ribeirão Branco, que tem pouco mais de 18 mil habitantes. Segundo a Polícia Militar, assaltos são incomuns no local, sobretudo na zona rural da cidade.
O dono do sítio é naturalizado brasileiro e mora na cidade de Ribeirão Branco há 17 anos. No município, ele produz leite e queijos e é conhecido pela simpatia.
Em entrevista ao G1, ele afirmou estar “assustado, mas conformado”. “A vida é assim, não tem como fugir. Nada tem mais valor a não ser a vida da gente”, disse ele.
Kempf disse ainda que não pretende deixar o país, mas que espera que os assaltantes sejam capturados.
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