France Presse

10/07/2014 11h13 - Atualizado em 10/07/2014 11h15

Guerra civil na Síria já tem mais de 170 mil mortos, diz ONG

Dados são do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
População civil representa um terço das vítima.

Da France Presse

Sírio carrega duas meninas cobertas de poeira após ataque aéreo em área rebelde em Aleppo nesta quarta-feira (9) (Foto: Zein Al-Rifai/AFP)Sírio carrega duas meninas cobertas de poeira após ataque aéreo em área rebelde em Aleppo nesta quarta-feira (9) (Foto: Zein Al-Rifai/AFP)

Mais de 170 mil pessoas morreram no conflito civil iniciado em 2011 na Síria, um terço delas civis, anunciou nesta quinta-feira uma ONG.

"Desde que foi registrada a primeira vítima da revolução síria, no dia 18 de março de 2011 na província de Deraa (sul), foram documentadas as mortes de 171.509 pessoas", indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Entre os falecidos, há 56.495 civis, dos quais 9.092 crianças, de acordo com este novo balanço que informa sobre as vítimas do conflito até 8 de julho.

Outros 65.803 mortos são soldados do regime e milicianos pró-governamentais, e 46.301 são rebeldes que lutam pela queda do presidente Bashar al-Assad.

Entre os rebeldes há 15.422 estrangeiros, que viajaram ao país para se unir aos jihadistas e a grupos islamitas locais de oposição.

Por último, 2.910 vítimas não foram identificadas, segundo a ONG opositora.

Entre os mortos das forças leais ao governo há 39.036 soldados regulares, 24.655 milicianos, 509 combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e outros 1.603 estrangeiros.

O Observatório, com sede na Inglaterra, conta com uma ampla rede de ativistas, médicos e advogados na Síria que informam sobre as vítimas. No entanto, a ONG afirma que o verdadeiro número de mortos dos dois lados provavelmente é muito maior.

Segundo o OSDH, o número de mortos é difícil de estimar porque "os dois grupos tentam ocultar suas verdadeiras perdas".

O Observatório acrescenta que foi perdida a pista de 20 mil pessoas detidas pelo governo e de 7 mil soldados regulares capturados pelos rebeldes.

Outras 2 mil pessoas estão atualmente nas mãos de grupos islamitas e, em particular, dos jihadistas do Estado Islâmico, acusadas de colaborar com o regime de Damasco.

O conflito sírio obrigou quase a metade da população do país a se deslocar.

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