Agricultores da região centro-sul do Paraná fazem a colheita da batata da safra das águas. A produtividade é a melhor dos últimos anos em um momento em que o mercado comprador está aquecido. Os produtores correm com o trabalho para aproveitar os bons preços.
A colheitadeira faz o tralhado de mais de 40 homens na lavoura. Em cima do equipamento, oito funcionários separam as batatas que não servem para o consumo. O agricultor Paulo Gonçalves investiu na mecanização para reduzir custos com a mão de obra. “Você usa menos operador. Eles não fazem mais esforço físico exagerado”, diz.
Muitos produtores tiveram prejuízo no ano passado por causa do clima e do preço baixo, o que provocou redução da área plantada. No Paraná, a redução chega a 8%, com diminuição de quase dois mil hectares. Em compensação, desta vez a produtividade deve ser maior.
A média na região de Guarapuava é de cerca de 800 sacas por hectare. Em outras regiões do estado, a média fica em 520 sacas por hectare. O clima ajudou no bom desenvolvimento das lavouras.
“Nos últimos 15 ou 20 dias deu uma amenizada na temperatura, o que é muito bom. A batata é uma cultura que precisa de noites frias. Então, a gente espera que continue chovendo de forma regular e com temperatura não muito alta, o que provavelmente ou teoricamente vai gerar uma produtividade mais alta”, diz o agrônomo Jonas Zandonai.
A saca de 50 quilos está sendo comercializada por uma média de R$ 50, quase o dobro do valor do ano passado.
A Secretaria de Agricultura do Paraná estima que, em todo o estado, sejam colhidas 433 toneladas de batata, com aumento de 2% em relação à safra de 2012.
