BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff lançou ontem o Plano Brasil Medalhas 2016, um novo investimento de R$ 1 bilhão para colocar o Brasil entre os primeiros colocados no quadro de medalhas das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio. A meta é beneficiar com bolsas de até R$ 15 mil cerca de 200 atletas, entre os 20 melhores do mundo, em 21 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas. Até R$ 10 mil irão para técnicos, e até R$ 5 mil, para integrante de equipe multidiciplinar dos atletas.
Do R$ 1 bilhão, R$ 690 milhões serão aplicados no apoio ao atleta e R$ 310 milhões na construção e reforma de 22 centros de treinos (um paralímpico).
Ao apresentar o plano, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o objetivo do governo é, em 2016, pôr o Brasil entre os dez primeiros nas Olimpíadas e entre os cinco, nas Paralimpíadas. Mas o ministro deixou em aberto se o critério para essa contabilidade será o número de medalhas de ouro ou o total de medalhas conquistadas nos Jogos do Rio. A essa verba de R$ 1 bilhão, que, segundo Rebelo, já está garantida no Orçamento da União, soma-se mais R$ 1,5 bilhão do programa de esporte de alto rendimento, já desenvolvido pelo Ministério do Esporte.
— Tenho certeza de que esse R$ 1 bilhão faz parte do início de um processo que vai mobilizar o Brasil no sentido de dar absoluto suporte aos seus atletas de alto rendimento — disse a presidente.
Dilma: “normal ter ambição maior”
Dilma destacou o trabalho da Caixa, um das oito estatais que patrocinam modalidades olímpicas e paralímpicas. A presidente disse ter consciência de que, para o Brasil avançar nos Jogos, será necessária "uma ação deliberada, sistemática e objetiva do governo". Para Dilma, "é normal" que as ambições brasileiras sejam maiores para 2016:
— Temos de assegurar que tenhamos as melhores condições possíveis e transformemos a Olimpíada-2016 num momento especial deste país, em que nós iremos dar um salto e nos transformar numa potência esportiva, ou caminharmos em passos firmes para nos transformarmos — afirmou Dilma.
O plano vai priorizar modalidades esportivas em que o Brasil já conquistou medalhas e tem possibilidades de ganhar. Entre elas: águas abertas (maratona aquática), atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica, handebol, hipismo, judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. Nas paralímpicas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e vôlei sentado.
Atletas de esportes como o futebol masculino, que são bem remunerados e têm estrutura para se manter em alto nível, não serão contemplados pelo plano. O Ministério do Esporte vai manter o Bolsa Atleta, que hoje financia cerca de 5.000 esportistas. Para 2012, estão previstos R$ 80 milhões.
Medalhistas em Londres participaram da cerimônia, com destaque para o nadador paralímpico Daniel Dias, que trouxe seis ouros de Londres e foi aplaudido de pé no Palácio do Planalto. A líbero da seleção feminina de vôlei, Fabi, pediu, no discurso, a criação de aposentadoria especial para os atletas. A equipe é atual bicampeã olímpica.
NÚMEROS DO APOIO
ATÉ R$ 15 mil
Esporte de alto rendimento
para apoio ao atleta
ATÉ R$ 15 mil
Bolsa pódio
Apoio ao atleta classificado até o 20º lugar no ranking mundial
ATÉ 10 MIL
Bolsa técnico
Para treinadores
ATÉ R$ 5 MIL
Equipe multidisciplinar
Quantia para cada profissional
21 Modalidades olímpicas
águas abertas (maratona aquática), atletismo, basquete, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo, judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia.
15 Modalidades paralímpicas
atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, golbol, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e vôlei sentado