Uma festa particular na madrugada deste domingo (3) causou revolta em parentes e amigos das vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que matou 237 pessoas. Conforme a Brigada Militar, cerca de 30 pessoas ocuparam a frente da Associação Italiana da cidade, onde havia música alta em função de uma formatura, gritando “luto” e pedindo explicações.
Ainda de acordo com a polícia, o protesto foi encabeçado pelo pai de uma das vítimas da tragédia, que participava da vigília em memória dos mortos e se sentiu ofendido pela celebração nos arredores. Por volta das 4h30, a BM foi chamada até o local da festa, mas apenas para tentar dispersar os manifestantes, já que nenhuma lei foi infringida. Não foi registrada ocorrência.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 236 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.
(Veja o que já se sabe e as perguntas a responder)
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