20/12/2012 09h04 - Atualizado em 20/12/2012 10h06

BC reduz projeção de crescimento do PIB a 1% em 2012

Previsão anterior, divulgada em relatório de setembro, era de 1,6%.
Ao mesmo tempo, houve piora de sua perspectiva para inflação neste ano.

Do G1, em São Paulo

O Banco Central informou nesta quinta-feira (20), por meio do relatório de inflação do quarto trimestre, que a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 1,6%, na projeção divulgada em setembro, para 1%. Ao mesmo tempo, houve piora de sua perspectiva para inflação em 2012.

Segundo o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 5,7% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 5,2%, e em 4,8% em 2013, abaixo das contas anteriores, de 4,9%.

A nova estimativa do Banco Central para o crescimento da economia está abaixo do que acredita o Ministério da Fazenda (2% de expansão) e igual a previsão do mercado financeiro, segundo último boletim Focus. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores. Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do PIB, apresentado no último dia 14, ficou em 0,36%.

Se confirmada a nova previsão do BC para este ano, será o valor mais baixo desde 2009, quando a economia brasileira sentiu os efeitos da primeira etapa da crise financeira. Naquele momento, houve uma queda de 0,3% no PIB. Em 2010, porém, o crescimento avançou 7,5% e, em 2011, cresceu 2,7%.

De acordo com o cenário de referência, o crescimento projetado do PIB é de 3,3% em quatro trimestres até o terceiro trimestre de 2013.

"O Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear", diz o BC, por meio do relatório.

Inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2012 e 2013, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% - no teto do sistema de metas.

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Com informações da Reuters

 

 

 

 

 

 

 

 

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