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Ucrânia retoma controle dos arredores do local onde avião caiu

Ucrânia retoma controle dos arredores do local onde avião caiu

Kiev afirma que prioridade é libertar o território onde estão os destroços do Boeing da Malaysia Airlines para facilitar investigação internacional

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
28/07/2014 - 13h09 - Atualizado 28/07/2014 13h10
Policiais da República Popular de Donetsk observam bombardeio contra a cidade de Shakhtarsk. Após a queda do avião da Malaysia Airlines, o Exército de Kiev intensificou a ação militar no leste da Ucrânia (Foto: AP Photo/Dmitry Lovetsky)

Desde a queda do avião da Malaysia Airlines, no dia 17 de julho com 298 pessoas a bordo, o Exército da Ucrânia intensificou as operações militares no leste do país - sob controle de milícias separatistas pró-Rússia. Aos poucos, está conseguindo ampliar seu controle na região insurgente.

Na última semana, o Exército da Ucrânia retomou diversas cidades próximas ao local onde caiu a aeronave. De acordo com o governo de Kiev, as forças de segurança reassumiram o controle da cidade de Debaltsevo, a 35 quilômetros do local do acidente, e da estratégica colina de Saur-Moguila, de onde as milícias pró-russas abriam fogo constantemente contra os militares. Segundo comunicado oficial, o Exército e a Guarda Nacional da Ucrânia tomaram ainda posições nos arredores da cidade de Gorlovka. Também recuperaram as cidades de Shajtarsk, muito próxima ao lugar onde estão os destroços do Boeing malaio, e Torez, a cidade de onde os corpos das vítimas do desastre partiram em um trem com vagões refrigerados rumo à base aérea da cidade de Kharkiv. De lá, voaram para a Holanda.

A prioridade agora das Forças Armadas da Ucrânia é clara. "Todas as forças estão dirigidas a libertar o território onde ocorreu esta horrível tragédia", afirma o porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional (CDSN) da Ucrânia, o coronel Andrei Lisenko. Ele diz que retomar o controle da região onde o avião malaio caiu é indispensável para a continuidade do trabalho dos especialistas internacionais.

Os combates se intensificaram nas últimas horas nas imediações do local onde caiu o avião da Malaysia Airlines. No domingo (27), um grupo de especialistas holandeses e australianos que tem a missão de reunir provas para estabelecer as causas da queda precisou adiar a visita ao local devido à intensidade dos tiroteios. "É simplesmente perigoso demais para nós", afirmou Andrew Colvin, comissário para a Segurança Nacional da Polícia Federal da Austrália, que integra o grupo.

A Ucrânia acusa as milícias separatistas, apoiadas pela Rússia, de lançar um míssil contra a aeronave, provocando sua queda. Moscou e os insurgentes nega, qualquer envolvimento com a tragédia. Nesta segunda-feira (28), a alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, afirmou que se o abate do avião malaio for comprovado, deverá ser tratado e julgado como um crime de guerra.

NT








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