Todos os dias, um grupo de agricultores vai ao Núcleo II, em São Gonçalo, município de Sousa, sertão paraibano, na tentativa de conseguir carregar os caminhões com coco para garantir a renda familiar.
Devido a seca, eles têm ficado mais tempo parados do que trabalhando.
O trabalhador rural Leandro de Sousa reclama que não tem serviço. “A diária da gente é R$ 35. Antigamente, a gente trabalhava cinco dias na semana, hoje a gente está trabalhando só um dia", reclama.
O caminhoneiro Edson José da Silva foi de Juazeiro do Norte, no Ceará, levar uma carga de coco para João Pessoa, mas corre o risco de sair de lá com a carroceria vazia.
Mesmo se o inverno este ano for regular, ainda assim não vai ser possível salvar toda a produção de coco de Sousa. Há casos de plantações inteiras que morreram e os agricultores só vão conseguir voltar a produzir daqui a quatro ou cinco anos.
Há áreas que parecem um verdadeiro cemitério de coqueiros. Na produção de Lucas Raimundo morreram 350 pés. “Isso é uma lavoura que tem 30 anos de vida útil, até mais um pouco, e agora está tudo perdido”, conta.
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