As concessões de crédito para empresas e pessoas físicas recuaram em setembro por conta da greve dos bancários, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central. No mês passado, segundo o BC, as concessões de crédito para pessoas físicas caíram 14,1%, enquanto que, para empresas, diminuiu 8,3%.
Em alguns casos, como no crédito para aquisição de veículos, houve queda mais agressiva (-32,8%). "Nos financiamentos de veículos, no entanto, o arrefecimento das contratações refletiu, principalmente, a elevada base observada em agosto, quando a expectativa de encerramento da medida governamental que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) impulsionou as vendas de veículos", informou o BC.
Apesar disso, o volume total do crédito bancário (estoque) subiu 1,1% em setembro, para R$ 2,23 trilhões, o equivalente a 51,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 51,2% do PIB em agosto deste ano. De acordo com o Banco Central, isso ocorre porque o chamado "crédito direcionado" (rural e imobiliário) continou avançando no mês passado, mesmo com a greve dos bancos. As concessões de crédito imobiliário, por exemplo, avançaram 3,9%.
Segundo o Banco Central, a marca de 51,5% atingida em setembro deste ano é menor do que nos países desenvolvidos, onde o nível de 75% é superado. Há casos de países com crédito acima de 100% ou 200% do PIB, lembrou a autoridade monetária. Em doze meses até setembro, o crédito bancário avançou 15,8% no Brasil.
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