27/01/2013 07h35 - Atualizado em 27/01/2013 07h35

Com inovação, empresa fatura com produtos de higiene bucal infantil

Kit é voltado à escovação nas escolas e está em mais de 900 municípios.
Empresa recebe apoio do Sebrae para melhorar o design dos produtos.

Do PEGN TV

Buscando inovação, a empresa de Fabiano Vilhena resolveu investir em produtos de higiene bucal para crianças. Para desenvolver os produtos e entrar nesse nicho, a empresa de São José dos Campos, no interior de São Paulo, participou de um programa de inovação e tecnologia.

O conjunto com gel dental, escovinhas e porta-escovas, desenvolvido pela empresa, já atende escolas públicas e particulares em 900 cidades brasileiras e chega a mais de um milhão de crianças.

Os 170 alunos de uma escola na zona noroeste de São Paulo usam o kit de higiene bucal há três anos. Para eles, que estudam em período integral, fazem a maioria das refeições na escola, o kit facilita a higiene. Cada conjunto atende até 36 crianças e mantém as escovas protegidas dentro de um estojo individual.

“É fácil de limpar, é fácil de guardar, você consegue dividir por grupos. Não cria bactérias, então é um produto de alta qualidade é muito funcional”, diz Cida Teixeira, diretora da escola.

O conjunto vem com um gel dental que o fabricante indica usar apenas uma gota em cada escova. A quantidade é para prevenir que a criança engula muito flúor, o que pode causar a fluorose dentária, que são manchas nos dentes ainda em formação.

A ideia do kit surgiu quando o único dentista de uma cidadezinha via as filas de crianças com cárie aumentar no posto de saúde. O produto foi criado para garantir pelo menos uma escovação por dia, no lugar onde o comum era nenhuma. O projeto deu tão certo que o dentista largou o consultório e virou empresário.

A empresa de Vilhena fica no parque tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo. Ele desenvolveu o kit com escovinhas, estojos e gel dental em um curso de mestrado e colocou o produto no mercado em 2005 e, no ano passado, foram vendidas 800 unidades para escolas públicas e particulares. A empresa teve um faturamento de R$ 2 milhões no ano passado.

“Quando eles perceberam que o produto tinha um embasamento cientifico, que o produto de fato tinha razão de existir, aí de fato ele ganhou o Brasil. O Brasil e o mundo também”, diz Vilhena. Segundo ele, o condicionamento correto do material de higiene bucal é um grande desafio para as prefeituras.

Para diminuir custos, a fabricação do material é terceirizada. Em Lorena, cidade a 200 quilômetros da capital paulista, é feita a produção das escovas e do gel dental e o kit é montado em São José dos Campos.

Por meio do Sebraetec, que facilita o acesso a serviços e inovações tecnológicas, o empresário Fabiano Vilhena teve apoio para aperfeiçoar o lay out dos produtos. O programa subsidia parte dos custos de consultorias e projetos e, só em 2012, atendeu cerca de 60 mil empresas no Brasil, sendo 35% na área de design.

“É fundamental para que as pequenas empresas tenham um certo diferencial em design pensar no que o cliente quer, pensar em novas formas de levar isso para o cliente. Aí o design é fundamental”, diz Ary Scapin, do Sebrae São Paulo.

Fabiano teve apoio para criar a logomarca da empresa e melhorar o design dos produtos. O suporte do kit de higiene bucal, que já tinha passado por três fases, foi modernizado até chegar ao modelo que é hoje. Através da parceria, também foi criado um estojo bem diferente dos que já existiam no mercado.

O Sebrae vai subsidiar o projeto para mudar o design de um novo produto infantil da empresa: um gel dental com menos flúor que os convencionais. “Esse produto já demonstrou, nos últimos 6 anos de pesquisa, com mais de 10 mil pessoas envolvidas que utilizaram o produto, que ele – com menos flúor – é capaz de ter um efeito preventivo tão bom ou até melhor que os cremes dentais do mercado”, diz Vilhena.

“O público infantil é um público muito exigente talvez até mais exigente que o público adulto, e ele dá uma resposta muito clara para você, gostou gostoso, não gostou, não gostou ele fala na cara”, diz Ary scapin, do Sebrae SP.

Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia. Siga também o G1 Economia no Twitter e por RSS.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de