14/02/2013 15h37 - Atualizado em 14/02/2013 15h44

Polícia irá pedir prisão de dono de boate que aliciava jovens no Pará

Adolescente e jovens com idades entre 18 e 23 anos foram resgatadas.
Vítimas serão devolvidas a seus estados de origem.

Do G1 PA

Vítimas de exploração sexual serão ouvidas e encaminhadas aos estados de origem (Foto: Mário de Paula / TV Liberal)Vítimas de exploração sexual serão ouvidas e
encaminhadas aos estados de origem
(Foto: Mário de Paula / TV Liberal)

A Polícia Civil do Pará irá pedir a prisão do dono da boate que explorava sexualmente mulheres em Vitória do Xingu, no sudoeste do estado. Ele teria conseguido fugir da ação que fechou o estabelecimento na noite desta quarta-feira (13), quando foram presos dois funcionários da boate suspeitos de envolvimento nos crimes de tráfico humano e exploração sexual. Segundo os policiais, o proprietário da boate e os suspeitos presos eram do Rio Grande do Sul.

A polícia chegou ao local após denúncia do conselho tutelar de Altamira. “Percebemos que os quartos onde ficavam alojadas as mulheres possuíam trancas pelo lado de fora. Os policiais encontraram outras três mulheres e uma travesti que também estavam sendo exploradas sexualmente no local. Todas com maioridade e vindas de Estados da Região Sul do país”, disse o delegado Cristiano Nascimento.

As vítimas devem prestar depoimento e depois serão devolvidas aos seus estados de origem.

Entenda o caso
A exploração sexual foi denunciada por uma adolescente de 16 anos que conseguiu fugir da boate e procurou o conselho tutelar de Altamira. De acordo com o conselho, as jovens vinham de municípios dos estados sul do país, como Santa Catarina e Paraná, após receber a promessa de uma remuneração de R$ 14 mil por semana, mas ao chegarem no Pará eram mantidas em cárcere privado e sob constante vigilância de homens armados, sendo obrigadas a se prostutuir para pagar dívidas. O caso está sendo apurado pela delegacia de Vitória do Xingu.

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