O dólar ampliou ganhos ante o real na tarde desta quinta-feira (13) e fechou em alta, com fluxos pontuais de saída de dólares, em um dia de fraco volume de negócios no mercado de câmbio.
A moeda norte-americana subiu 0,40%, cotada a R$ 2,0838 na venda.
"Acredito que é algum fluxo que está afetando a alta, até pelo volume pequeno hoje, que faz com que qualquer saída de dólares já afete o mercado", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.
Mais cedo, a divisa rondou a estabilidade, com investidores ainda evitando fazer operações arriscadas nos últimos dias após uma série de declarações e intervenções de autoridades brasileiras que agitaram o mercado de câmbio.
Na quarta-feira (12), o BC realizou dois leilões de venda de dólares com compra conjugada que, segundo operadores, visam dar liquidez ao mercado no fim do ano, mas que também evidenciam a preocupação da autoridade monetária com a cotação da moeda norte-americana.
Além disso, o Federal Reserve, banco central norte-americano, também anunciou injeções de dólares para estimular a maior economia do mundo, o que pode se refletir em fluxos cambiais para países emergentes como o Brasil.
Operadores destacavam nesta quinta-feira que a maior demanda por dólares típica de fim de ano segurava uma desvalorização da divisa, que poderia ser impulsionada por interpretações de que o BC está incomodado com a recente valorização do dólar e também pelo novo estímulo monetário do banco central norte-americano.
O dólar foi negociado em torno dos patamares de R$ 2,02 e R$ 2,04 por mais de quatro meses e viu um rali no mês de novembro puxar a moeda para perto de R$ 2,14, no intradia.
Declarações e atuações aparentemente divergentes de autoridades do governo e do BC fizeram o mercado colocar a banda informal de R$ 2 a R$ 2,10 em dúvida.
Mas recentes atuações do BC para prover liquidez - o que consequentemente impacta a taxa de câmbio - e declarações de várias autoridades do BC voltaram a sinalizar que não há intenção de deixar o dólar ultrapassar o teto da banda.
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