21/02/2013 07h23 - Atualizado em 21/02/2013 07h29

Na BA, ataque de lagarta prejudica produtores de algodão

Número de aplicações de defensivos aumentou.
Mesmo assim, nem sempre o resultado é positivo.

Do Globo Rural

Quase todas as lavouras de sequeiros já têm flores.

Mesmo reduzindo a área em 35% em relação à safra passada, a Bahia plantou mais de 253 mil hectares de algodão. Até o mês passado, a preocupação dos agricultores era com a seca, já que algumas fazendas ficaram mais de 20 dias em chuva.

Agora, o problema é outro, a lagarta esverdeada está destruindo as plantações na região oeste do estado.

As primeiras lagartas apareceram há mais ou menos 45 dias, mas para surpresa dos engenheiros agrônomos, a praga se alastrou rapidamente e hoje já pode ser vista em muitas lavouras da região.

A lagarta vive em média 30 dias e neste tempo ela consegue comer todas as maçãs da parte baixa das plantas, o que impede a formação dos capulhos. Sem eles, o pé cresce, mas a pluma não aparece e o agricultor não tem o que colher.

Para conter o avanço da praga, alguns agricultores já fizeram cinco aplicações de veneno, além do que era previsto. Isto aumentou muito os custos da lavoura e mesmo assim, muitas lagartas que ficam dentro das maçãs não são atingidas pelo veneno, sobrevivem e continuam se reproduzindo.

Em uma fazenda localizada em Luís Eduardo Magalhães, o agricultor Paulo Schimidt não sabe mais o que fazer. “Este ano, a gente não está conseguindo vencer a lagarta. Sempre foi aparentemente fácil, mas este ano está muito mais difícil que o esperado“, diz.

De acordo com a Conab, a safra baiana de algodão deve cair 12% na comparação com o ano passado. Em todo o país, a queda deve chegar a 24%.

Para ler mais notícias do Globo Rural, clique em g1.globo.com/globorural. Siga também o Globo Rural no Facebook e por RSS.


 

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de