Edição do dia 28/12/2012

28/12/2012 23h50 - Atualizado em 28/12/2012 23h50

Situação da rede pública de saúde continua caótica em 2012

Situação precária dos hospitais públicos provoca mortes por todo o país.
No Rio, uma idosa morre após ter café com leite injetado na veia.

Por todo o país, vemos hospitais superlotados, abandono e negligência, mas em meio a tantos problemas graves, alguns pacientes nasceram de novo. Mas foram raras as boas notícias. Faltou atendimento, elevador e socorro. Uma menina perdeu a perna depois de cinco dias à espera de internação. Também faltaram leitos. Em Brasília, não havia internação nem com ordem da justiça.

A morte não espera. E a vida surpreende. O filho de Gislene acabou nascendo no chão do hospital de Ceilândia. E dona Antônia, aos 61 anos, teve gêmeos.

Faltou cuidado e preparo. Crianças receberam ácido no lugar de sedativos em São Paulo e também em Belo Horizonte. No Rio, a desatenção foi fatal: dona Hilda morreu por um erro inacreditável, aplicaram café com leite na veia dela. Dona Palmirinha também não resistiu.

Em São Luís, no Maranhão, a ambulância que não veio fez a diferença.

Na contramão do descaso, a solidariedade, médicos obstinados e um pai generoso fazem um transplante que salvou uma vida.

Mas quem espera pelo impossível? Duas obras, dois homens feridos de morte, um no pescoço e outro na cabeça. Os dois escapam. Nem o médico acreditou.