11/02/2013 11h11 - Atualizado em 11/02/2013 12h47

'Esquecidos pelo mundo', diz repórter de presos em manicômios

Pedro Bassan contou ao Canal F um pouco de como se sentiu ao fazer a reportagem sobre os manicômios judiciários pelo país.

O repórter Pedro Bassan contou ao Canal F um pouco de como se sentiu ao fazer a reportagem sobre os manicômios judiciários pelo país.

“O que mais me impressionou de fazer essa reportagem nos manicômios foi encontrar pessoas esquecidas pelo mundo, esquecidas pelo tempo. Não tem mais vínculo com família, amigos, vizinhos, a sociedade. Não vão ter pra onde ir, terão que recomeçar do zero”, disse.

O Fantástico fez uma denúncia no domingo passado: presos que já poderiam estar soltos há muito tempo seguem atrás das grades, por anos e anos, em manicômios judiciários. Existem casos chocantes. Como o de um senhor internado há 53 anos! E sabe qual foi o crime dele? Um simples furto!

“Como especialistas costumam dizer: ‘se o pior bandido do Brasil, um traficante, um assassino, cometer dezenas de crimes, ele vai ficar 30 anos presos, mas se alguém tiver o azar de ser diagnosticado como doente mental, e essa doença pode ser uma coisa mínima, existe de fato uma prisão perpetua no Brasil. Porque essas pessoas ficam de fato esquecidas e mesmo que sejam lembradas pelo Estado, elas podem ser esquecidas pela família”, conta Pedro Bassan.

O repórter ainda contou que se sentiu seguro nos manicômios e o que lhe deixou marcado foi o 'contato com os esquecidos'.

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