18/09/2014 12h24 - Atualizado em 19/09/2014 09h16

RJTV entrevista Anthony Garotinho, candidato ao governo do RJ

Garotinho respondeu a perguntas sobre habitação, educação e segurança.
Também foram entrevistados os candidatos Crivella, Pezão e Lindberg.

Do G1 Rio

O candidato do PR ao governo do Estado do Rio, Anthony Garotinho, foi o último a ser entrevistado pelo RJTV 1ª edição na série que conversou com os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas. Nesta quinta-feira (18), Garotinho respondeu a perguntas sobre habitação, educação, corrupção e segurança pública. (Assista à íntegra da entrevista no vídeo).

 

Questionado sobre o fato de prometer fazer 40 mil casas populares se for eleito, apesar de ter construído apenas 12.554 quando foi governador, segundo dados da Companhia Estadual de Habitação, o candidato rebateu afirmando que o ano de 1999 foi marcado pela renegociação da dívida do estado. “O estado estava falido, quebrado e eu levantei o Estado. Eu governei 2000 e 2001. Em 2002, eu deixei o governo para ser candidato a presidência. Agora eu vou fazer 40 mil casas, 10 mil por ano”, afirmou o candidato.

A proposta do candidato de dar desconto de 50% no IPVA para proprietários de carros também foi questionada, já que quando foi governador do estado ele aumentou de 3% para 4% a alíquota do IPVA para automóveis de passeio e caminhoneiros. “Aquele estado estava falido. Eu tive que renegociar a dívida do estado e essa foi uma exigência da Secretaria do Tesouro Nacional, que nós aumentássemos a arrecadação própria. E uma das arrecadações próprias era o IPVA”, disse.

O candidato ainda acusou o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de falta de coerência em relação ao assunto. “Sabe em quem falta coerência? No Pezão. Ele diminuiu o IPVA para os donos de empresas de ônibus. Por que que os donos de empresas de ônibus têm direito a ter desconto em IPVA e você que está me assistindo em casa não tem?”. perguntou. Procurado pelos repórteres do G1, o governador Pezão não respondeu às críticas até a publicação dessa reportagem.

Já quando questionado sobre a escolha do secretário de Saúde Gilson Cantarino quando foi governador do Estado e a permanência dele durante o governo Rosinha, o candidato alegou confiar no ex-secretário. Em 2008, Gilson Cantarino chegou a ficar preso por cerca de 40 dias por causar prejuízo de R$ 234 milhões aos cofres públicos do estado.

Garotinho ainda comparou o secretário de saúde do seu governo com o ex-secretário de Saúde do governo de Sérgio Cabral, Sérgio Cortes. “Às vezes você escolhe pessoas que depois você vê que ela não correspondia a expectativa. Eu diria que ele foi um bom secretário, comparado, por exemplo, ao Sérgio Cortes, ele foi muito melhor”, afirmou.

Quando indagado sobre o fato de ser réu no processo que envolve Cantarino, Garotinho afirmou que no sistema brasileiro a acusação cabe ao promotor, a defesa ao advogado ou defensor público e o julgamento ao juiz, e destacou que acusação todos podem ter. Neste momento, o candidato afirmou que a TV Globo é investigada pela Polícia Federal em inquérito sobre sonegação de impostos. A apresentadora do RJTV Mariana Gross esclareceu que a TV Globo nada sonegou e que a emissora paga seus impostos.

Sobre o fato de a sua mulher, Rosinha Garotinho, ter sido condenada ano passado por improbidade administrativa pela construção de 254 salas de informática na Fundação Euclides da Cunha sem licitação pública, o candidato ironizou afirmando não saber onde foi parar o dinheiro. “Quem comprou fazenda foi o Picciani [Jorge Picciani, candidato a deputado federal], o milionário, o rei do gado. Quem comprou casa em Mangaratiba foi o Cabral [Sérgio Cabral, ex-governador do Rio], lanchas, iates e vive viajando para Paris. Quem montou uma fazenda cinematográfica mostrada pela ‘Veja’ foi o Paulo Melo [presidente da Alerj]. Eu levo uma vida normal, de classe média. Eu devo ser incompetente para roubar”, afirmou o candidato.

Procurado pelos repórteres do G1, o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai processar Anthony Garotinho pelas declarações dadas na entrevista e informou que suas atividades como fazendeiro são anteriores à entrada dele na carreira política. Já Sérgio Cabral, por meio de sua assessoria, informou que não iria comentar as acusações.

Apesar de não citar especificamente o combate às milícias em seu plano de governo, Garotinho destacou que cita o combate a organizações criminosas, onde a milícia se enquadra. “Quando a gente combate crime organizado e é o que está lá [no programa de governo], na palavra crime organizado está incluído milícia”, disse Garotinho, destacando que nos governos Cabral e Pezão as milícias cresceram 300%, segundo o deputado Marcelo Freixo.

Garotinho criticou o desempenho do governo Pezão na educação. “O que eles fizeram com a educação no Rio é uma covardia. O secretário devia ser preso. Ele e o Pezão. Fecharam 300 escolas. Pegaram as escolas e mandaram para as prefeituras, municipalizando, e acabaram com as salas de jovens e adultos. Ou seja, consertar a educação mandando os problemas para os municípios, isso é papel da educação? Então, eles prejudicaram os municípios para o Rio aparecer bonzinho na fotografia”, criticou.

Na quarta-feira (17), o candidato Lindberg Farias (PT) foi o penúltimo a ser entrevistado por Mariana Gross no estúdio do telejornal. A rodada de entrevistas começou na segunda-feira (15), com a entrevista do candidato Marcelo Crivella (PR). Na terça (16), o candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), respondeu às perguntas da apresentadora.

Primeira rodada
O RJTV 2ª edição entrevistou os principais candidatos ao Governo do Rio de Janeiro entre os dias 18 e 21 de agosto. A ordem das entrevistas foi definida por sorteio com os representantes.

O governador Luiz Fernando Pezão foi o primeiro a ser entrevistado, seguido por Lindberg Farias, Anthony Garotinho e Marcelo Crivella. Foram abordados temas polêmicos da trajetória dos quatro candidatos.

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