RIO — A economia do Estado do Rio avançou 4,5% em 2010, de acordo com os números das Contas Regionais divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, somando R$ 407,123 bilhões no ano. A variação é bem inferior aos 7,5% da expansão da economia brasileira no mesmo período.
O estado continua com o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) entre os estados brasileiros, perdendo apenas para São Paulo, com R$ 1,247 trilhão. O Rio também continuou na terceira posição no PIB per capita, renda de R$ 25.455,36 por habitante. Perde para Distrito Federal e São Paulo, historicamente as maiores rendas per capita do país.
Segundo Frederico Cunha, responsável pelas contas regionais do IBGE, o Rio perdeu participação relativa quando se compara a 2002. A parcela do estado na economia brasileira caiu de 11,6% para 10,8% em 2010. A forte dependência da indústria do petróleo acabou sendo desfavorável, diante da queda do preço do petróleo nos anos seguintes à crise de 2008.
— Além disso, o Rio ainda tem uma parcela grande administração pública que se movimenta devagar — diz Cunha.
Norte e Nordeste aumentaram sua participação
Consideradas as regiões mais pobres do país, o Norte o Nordeste aumentaram a contribuição no PIB, entre 2002 e 2010. No Norte, a participação subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual) e, no Nordeste, de 13% para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).
No mesmo período, diminuíram a participação no Produto Interno Bruto o Sul (de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto percentual) e o Sudeste (56,7% para 55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).
Segundo a pesquisa, oito estados continuam concentrando 77,8% das riqueza do país e São Paulo continua responsável pela maior contribuição, com 33,1% do PIB. Entre os estados, Roraima deu a menor contribuição para o cálculo, 0,2%.
De acordo com o IBGE, no Norte do país, o aumento refletiu a valorização dos preços internacionais do minério de ferro exportado pelo Pará, que puxou o crescimento da economia da região, além do aquecimento da indústria no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.
Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor PIB per capita do país (R$ 6.888,60), consolidou-se como maior produtor de soja do Brasil, influenciando o resultado da região. Também teve impacto no aumento da participação do Nordeste no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará, principalmente o comércio.
A contribuição do Centro-Oeste no PIB está relacionada ao agronegócio e aos altos salários em Brasília. O Distrito Federal contribuiu com renda mais alta por pessoa no país, R$ 58.489,46.