11/12/2012 13h53 - Atualizado em 11/12/2012 14h07

Para presidente do BC, preço da energia e da gasolina é alto no Brasil

Para energia, expectativa, com medidas do governo, é de queda em 2013.
Gasolina está na 'parte elevada do intervalo' da América Latina, declarou ele.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarou nesta terça-feira (11), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que o preço da energia elétrica e da gasolina é alto no Brasil.

Ele lembrou, porém, que o preço da energia elétrica terá redução em 2013 por conta do plano do governo federal de renovar as concessões, e compensar as empresas do setor pelos investimentos feitos. Atualmente, o governo federal está fazendo as contas de quanto será necessário o Tesouro Nacional "bancar" para que a redução média seja de 20,2%.

A medida será necessária por conta da recusa dos governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná de aceitar as condições para participar do plano de diminuição dos custos da energia lançado pelo governo federal. Sem a entrada do Tesouro Nacional, a redução média, em 2013, seria menor: de 16,7%.

"O preço da energia no país estava superior aos nossos competidores. Quando há politicas que visem enderaçar problemas identificados de longa data no Brasil, como o custo de energia, naturalmente o BC vai internalizar esses impactos diretos ou indiretos em suas projeções de inflação. A questão da energia elétrica é o endereçamento de um problema de competitividade, estrutural. O BC toma aquilo como dado", declarou Tombini na CAE.

Gasolina
Sobre o preço da gasolina, o presidente do Banco Central afirmou que "qualquer comparação internacional mostra nosso preço na parte elevada do intervalo de preços na América Latina e em relação a outros competidores". Ele não deu mais detalhes sobre o assunto.

No fim de junho, a Petrobras anunciou um aumento do preço dos combustíveis cobrados nas refinarias. A gasolina teve aumento de 7,83%, e o diesel, de 3,94%, desde 25 de junho.

Entretanto, o Ministério da Fazenda isentou a comercialização destes combustíveis da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). "Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento", informou na ocasião.

Como a Cide já está zerada, um eventual novo reajuste seria necessariamente repassado para os preços ao consumidor.

Petrobras
Em outubro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que um aumento de combustíveis no Brasil é algo que ocorrerá "certamente", mas acrescentou que ainda não há prazo para isso acontecer.

"O aumento de combustíveis certamente virá. Quando? Não tem data, é importante dizer", afirmou ela. Graça ressaltou, naquele momento, que o aumento não ocorreria no curto prazo.

"Não há previsão para aumento de combustíveis. Se você olha o longo prazo, médio prazo, eu diria que sim [que haverá alta]. Mas quando você olha o curto prazo, não há previsão para aumento de combustível no país", declarou a presidente da Petrobras na ocasião.

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