Economia

Presidente do BC do Equador renuncia por ter falsificado diploma

Pedro Delgado, que é primo do presidente do país, falsificou diploma de economia há 22 anos
O ex-presidente do BC equatoriano, Pedro Delgado, e seu primo, o presidente do país, Rafael Correa Foto: GDA
O ex-presidente do BC equatoriano, Pedro Delgado, e seu primo, o presidente do país, Rafael Correa Foto: GDA

QUITO — O presidente do Banco Central do Equador, Pedro Delgado, renunciou ao cargo nesta quinta-feira após descobrirem que ele havia apresentado um título de graduação falso em economia. Delgado, que é primo do presidente do país, Rafael Correa, reconheceu que, há 22 anos, falsificou um diploma da Universidade Católica do Equador com o objetivo de ser admitido em uma escola de negócios na Costa Rica.

— Tomei uma decisão equivocada e, para alcançar meu objetivo acadêmico, cometi um erro que agora está me custando muito caro — disse.

Pedindo perdão aos seus familiares, o presidente do Banco Central do Equador também afirmou que manteve esse assunto em segredo.

— Eu mantive essa atitude em segredo. Ofereço um pedido de desculpas à minha esposa, aos meus filhos, ao povo equatoriano, ao governo... e, acima de tudo, ao presidente Rafael Correa — disse Delgado.

Pelo Twitter, Correa disse que trata-se de um “dia muito difícil”.

“Concluímos que Pedro Delgado apresentou uma formação falsa”, disse Correa na mensagem, acrescentando que isso “provocou sérios danos à revolução”.

O escândalo surgiu após uma investigação por parte da político da oposição Enrique Herreria, que obteve documentos da Universidade Católica do Equador e na prestigiosa Escola de Negócios INCAE, na Costa Rica, onde Delgado acabou conseguindo uma vaga com o diploma falso.

Delgado estava no Banco Central desde novembro de 2011.