07/03/2013 02h48 - Atualizado em 07/03/2013 07h29

Japão mantém juros entre 0% e 0,1%

Banco Central (BOJ) avalia que economia japonesa 'deixou de debilitar-se'.
Em janeiro, instituição elevou objetivo inflacionário para 2%.

Da EFE

A junta de política monetária do Banco do Japão (BOJ), o banco central daquele país, decidiu nesta quinta-feira (7) manter as taxas de juros entre 0% e 0,1% e melhorou ligeiramente suas perspectivas para a economia japonesa, que, assegura, "deixou de debilitar-se".

Ao término de sua reunião mensal de dois dias, a entidade também não anunciou a ativação de novas medidas de flexibilização.

Segundo o comunicado publicado após o encontro, as exportações, que compõem quase 40% do PIB, "deixaram de debilitar-se" ao compasso dos sinais de recuperação que começam a ser notadas nas economias estrangeiras afetadas pela desaceleração global.

O investimento público, assinala o BOJ, "seguiu incrementando-se", enquanto o consumo privado, o outro pilar da economia japonesa, "se mostrou resistente", ao tempo que a produção industrial "deixou de retroceder".

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ressaltou, se mantém em torno de 0%.

Governador do Banco Central do Japão, Masaaki Shirakawa, deixa coletiva de imprensa em Tóquio nesta quinta-feira (7) (Foto: Yuya Shino/Reuters)Governador do Banco Central do Japão, Masaaki Shirakawa, deixa coletiva de imprensa em Tóquio nesta quinta-feira (7) (Foto: Yuya Shino/Reuters)

O BOJ, que em janeiro elevou seu objetivo inflacionário para 2%, reconhece que a taxa de inflação "aumentará com os esforços de uma ampla gama de entidades na busca por competitividade e pelo maior progresso no potencial de crescimento do Japão".

A entidade admitiu que levará "um tempo considerável até que os efeitos da política monetária calem na economia", e que continuará com uma "flexibilização monetária agressiva" para alcançar seu objetivo de acabar com a deflação.

O organismo espera que a economia japonesa se mantenha estável antes de "retornar ao caminho da recuperação moderada" graças à resistência do consumo privado e aos sinais de recuperação no cenário exterior.

No entanto, alertou sobre o "alto grau de incerteza" que ainda paira sobre a economia japonesa, sobretudo pela crise de dívida na zona do euro, a "suave transição" de algumas economias emergentes rumo ao crescimento sustentado e os efeitos negativos da tensão territorial entre China e Japão.

Essa foi a última reunião presidida pelo atual governador da entidade, Masaaki Shirakawa, que deverá ser substituído por Haruhiko Kuroda, partidário de medidas de estímulo mais agressivas.

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