14/12/2012 11h30 - Atualizado em 14/12/2012 12h52

Brasil ocupa penúltimo lugar em ranking de competitividade da CNI

Segundo documento, Brasil perde apenas para Argentina entre 14 países.
Canadá é o grupo melhor posicionado no levantamento.

Do G1, em Brasília

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira (14) estudo que informa que, dentre 14 países pesquisados, o Brasil se encontra em penúltimo lugar no chamado "ranking" da competitividade, ficando à frente apenas da Argentina.

"O aumento da competitividade é o maior desafio do Brasil. A baixa competitividade do país é registrada por diferentes indicadores e estudos, nacionais e internacionais. Ao comparar a situação do Brasil com um conjunto de países mais próximos, este relatório deixa mais evidente os desafios do país", informou a entidade de representação do empresariado.

No estudo, a CNI considerou os seguintes países: Brasil, Argentina, México, Colômbia, Rússia, Polônia, África do Sul, Chile, Índia, Espanha, China, Austrália, Coreia do Sul e Canadá. A maior parte dos países da lista representa economias em desenvolvimento.

"O Canadá é o país melhor posicionado. Esse país só não aparece no terço superior no fator 'ambiente macroeconômico', onde divide as últimas posições com Brasil, Austrália e Rússia. Ainda compondo o grupo de quatro países do terço superior, têm-se Coreia do Sul, Austrália e China', informou a CNI.

O potencial competitivo de uma economia, segundo o estudo da CNI, pode ser avaliado a partir do exame dos fatores que condicionam a capacidade de suas empresas para o manejo eficaz de mecanismos de competição. 

Entre os fatores avaliados pela CNI, estão: disponibilidade e custo de mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística e carga tributária. Segundo a entidade, estas variáveis afetam o ambiente macro e microeconômico, além do nível educacional da população e da tecnologia e inovação.

Fonte das informações
Para fazer o estudo, a CNI informou que foram consolidadas informações de vários estudos feitos ao redor do mundo. Segundo a entidade, foram utilizados os documentos mais recentes para cada indicador, o que, em alguns casos, ainda têm dados relativos ao ano de 2009 e, também, de 2011. Entre as fontes de informações, a CNI utilizou dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), da OCDE, da Unesco e do Fórum Econômico Mundial.

Medidas recentes do governo não foram consideradas
A entidade informou, porém, que o estudo não considera as novas medidas anunciadas pelo governo no decorrer deste ano para aumentar a competitividade da economia brasileira. No decorrer de 2012, o BC seguiu baixando os juros, fixando a taxa básica em 7,25% ao ano, na mínimia histórica, além de o governo ter estimulado um aumento no preço do dólar - favorecendo exportações e tornando as compras do exterior mais caras.

Também ampliou o processo de desoneração da folha de pagamentos e reduziu tributos para estimular o consumo, como o IPI da linha branca e de automóveis, e renovou o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado via BNDES, que oferece juros mais baratos para investimentos.

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