28/02/2013 06h30 - Atualizado em 28/02/2013 06h30

Moradores cobram melhorias em vila de antiga usina em Igarapava, SP

Casas abandonadas e falta de segurança são algumas das reclamações.
Fundação que administra o local diz realiza todos os serviços necessários.

Do G1 Ribeirão e Franca

Moradores da Vila Usina Junqueira, em Igarapava (SP), reclamam do abandono e da insegurança no local. Construídas há quase um século para abrigar funcionários da antiga usina, a maioria das 273 casas está destruída e as poucas pessoas que ainda residem nos imóveis convivem com mato alto, telhados quebrados, problemas na rede elétrica e falta de segurança. A Fundação Sinhá Junqueira, responsável pela administração da vila, diz que presta todo o auxílio necessário.

Após a usina ter sido arrendada para outro grupo há mais de dez anos, a vila passou a ser administrada exclusivamente pela fundação e os imóveis foram abertos para aluguel. “A situação é caótica. A dengue causa preocupação, a coleta de lixo é feita três vezes por semana. Não tem assistência médica, a energia acaba várias vezes. A rede elétrica das casas não tem manutenção”, disse o assistente administrativo Mário Sérgio Ferreira.

Segundo ele, a fundação já foi notificada sobre a situação e tem a obrigação, por meio de estatuto, de atender às solicitações feitas pelos moradores. A realidade, entretanto, se mostra diferente da ideal. “As casas nunca estiveram tão abandonadas. Há casas vazias que estão criando dengue. Os imóveis estão quase desabando também. A segurança é precária”, comentou a dona de casa Alessandra Freitas, que mora há cinco anos na vila.

Para o presidente do Sindicato da Alimentação de Igarapava, Claudinei Ferreira da Silva, os administradores da fundação estão tentando fazer com que os moradores desistam de morar nas casas. “Há cerca de cem famílias que moram aqui em situação precária. As casas estão caindo. O aluguel tem aumentado e as pessoas não conseguem pagar. Pouco a pouco, eles estão fazendo as pessoas saírem daqui”, disse.

Fundação
O superintendente da Fundação Sinhá Junqueira, Valdir Crivelaro, rebateu as alegações dos moradores da vila e disse que as casas recebem a manutenção necessária. Segundo ele, os trabalhos são lentos porque falta mão de obra qualificada na cidade. “Estamos fazendo sim esta manutenção, mas não na velocidade que a gente gostaria. Eu posso garantir que nós resolveremos esse problema em um curto prazo”, disse.

Com relação ao mato alto, Crivelaro diz que um problema judicial prejudica o serviço de limpeza.  “Muitos inquilinos inadimplentes vão embora e nós só podemos entrar na casa após uma permissão da justiça”, comentou. O superintendente alega também que um estudo está sendo realizado para elaborar uma nova rede elétrica na vila, o que resolverá as constantes quedas de energia no local.

Usuários de drogas se escondem em casas abandonadas na vila, dizem moradores (Foto: Alexandre Sá/ EPTV)Usuários de drogas se escondem em casas abandonadas, dizem moradores (Foto: Alexandre Sá/ EPTV)

 

 

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