31/01/2013 06h49 - Atualizado em 31/01/2013 06h54

Pesquisa aponta áreas próprias para expansão da cana-de-açúcar em SP

Mapa da Cana é resultado de estudo da USP de São Carlos, em SP.
Pesquisadores consideraram investimento e localização das terras.

Do Globo Rural

O Mapa da Cana no Brasil, que é o resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo em São Carlos, no estado de São Paulo, identificou as áreas com maior viabilidade para a expansão da cana-de-açúcar. No estudo, os pesquisadores consideraram fatores como investimento e localização das terras.

O mapa indica as melhores regiões para investimento levando em conta o tipo de solo propício para o desenvolvimento da cana, o preço da terra arrendada e a infraestrutura de transporte para escoar a produção. Os resultados da pesquisa são compatíveis com as previsões da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), mas a entidade aponta que o caminho é o investimento em produtividade, ou seja, produzir mais na mesma área. A expansão deve ser sobre as áreas degradadas de pecuária.

O agrônomo José Eduardo Branco chegou aos resultados após fazer a analise também da demanda do consumo de açúcar e álcool. São Paulo é o maior produtor da cultura do país, com 390 milhões de toneladas, e o estado com maior potencial de expansão. A previsão é haver um aumento de produção de 220 milhões de toneladas em oito anos.

“Mesmo levando em consideração que o estado de São Paulo tem custos de arrendamento de terra mais elevados, em função da produtividade maior das suas áreas e também em função da localização das regiões paulistas, elas apresentaram uma competitividade logística bastante acentuada”, diz o agrônomo José Eduardo Branco.

O estudo, que apresenta as áreas de expansão, inclui também os estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Tocantins e Maranhão.

A fazenda em Araraquara, no estado de São Paulo, era usada para a cria e engorda de gado, mas a maior parte do pasto virou canavial. A mudança no cenário aconteceu há cinco anos. Prevaleceu a rentabilidade para o produtor. “Teve uma proposta boa da usina. A área que dava para plantar cana a gente arrendou para a usina. A área que não pode plantar cana a gente deixou para o gado”, diz Almir Rogério Armando, administrador da fazenda.

O contrato de fornecimento com a usina foi renovado por mais cinco anos. A cana ocupa 80% da propriedade de 184 hectares. O cultivo só não aumentou mais por falta de espaço, mas a região de Araraquara tem terras disponíveis para a expansão da cana.

 

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