SÃO PAULO - As ações da Embraer abriram em alta e chegaram a subir 3,09% a R$ 17,22, pela manhã, alcançando a terceira maior alta do Ibovespa. Mas pouco depois das 13h10, os papéis inverteram a tendência e caíram, com os investidores embolsando o lucro. A desvalorização ao final do pregão foi de 1,30% a R$ 16,65. A empresa brasileira venceu a americana Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões Super Tucanos de apoio para a Força Aérea dos Estados Unidos. Segundo a empresa, as aeronaves da Embraer serão utilizadas por militares do Afeganistão para treinamento.
- As ações da Embraer são papéis de evento. Sobem quando é anunciado um grande negócio e em seguida recuam, com os investidores embolsando o ganho - diz o estrategista da SLW corretora, Pedro Galdi.
O anúncio de que a Embraer e sua parceira americana, Sierra Nevada, ganharam a concorrência foi feito pelo Pentágono. As duas empresas já haviam ganhado um contrato de US$ 355 milhões em dezembro de 2011 para fornecimento de aviões de ataque leve. Mas o acordo foi questionado pela Beechcraft e acabou sendo desfeito. Na segunda concorrência, a Embraer se beneficou da experiência comprovada do avião em operações de contrainsurgência. O modelo AT-6, da HB só tinha sido usado em operações de treinamento, até então.
— Esta escolha confirma que o A-29 Super Tucano é a aeronave mais efetiva para as operações LAS (apoio aéreo leve) — disse Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
O contrato com a Embraer, de US$ 427 milhões, inclui o fornecimento de vinte aeronaves de apoio aéreo tático, equipamentos para treinamento de pilotos no solo, peças de reposição e apoio logístico. Os modelos Super Tucanos serão fabricados em Jacksonville, Flórida.
A informação da vitória foi dada pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, ao ministro da Defesa, Celso Amorim na noite de quarta-feira.