A tradição da Ferrari na Fórmula 1 é inquestionável. Maior campeã da história e única a disputar todas as temporadas, a escuderia italiana agora pode se tornar a primeira equipe a ser sócia da categoria, afirma matéria publicada pelo jornal inglês "The Telegraph".
Tudo começou em 2012, quando o ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, se tornou diretor não-executivo da Delta Topco, parceira da F-1, como parte dos preparativos para a entrada oficial na bolsa de valores de Cingapura, através da chamada Oferta
Pública Inicial (IPO, sigla em inglês), procedimento em que ações de uma
empresa são vendidas ao público em geral pela primeira vez. No acordo, com a entrada no mercado de ações, o dirigente teria direito a 0,25% da categoria, mas apenas enquanto estivesse na escuderia. Assim, com a saída de Montezemolo da presidência, quem passaria a exercer o direito seria a Ferrari, garantiu uma fonte à publicação inglesa. A escuderia poderia então adquirir esta parcela, no valor de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 58 milhões).
Inicialmente, o plano da Fórmula 1 era ingressar no mercado de ações em 2012. A categoria estimava capitalizar aproximadamente R$ 22 bilhões com a operação. Porém, com a crise econômica europeia e a acusação de suborno envolvendo o chefe-executivo da categoria, Bernie Ecclestone, a CVC, empresa detentora de boa parte dos direitos comerciais da F-1, resolveu postergar a abertura de capital da Fórmula 1. Com a retirada do processo do dirigente nos tribunais, a CVC pode retomar o IPO ou repassar seus 35% de direitos da categoria.