01/03/2013 06h58 - Atualizado em 01/03/2013 07h02

Preço mais baixo puxa demanda pelo transporte ferroviário no PR e em MT

Safra de grãos aumenta, e muito, o fluxo de caminhões nas estradas.
Ferrovias dão oportunidade de escoar a produção por um preço menor.


Do Globo Rural

Na cooperativa em Cafelândia, no oeste do Paraná, caminhões com milho e soja chegam o tempo todo para descarregar. A safra de verão movimenta e enche os armazéns.

Nas rodovias da região o vai e vem de caminhões carregados também é constante. No Paraná, a maior parte dos grãos ainda é escoada pelas rodovias, uma realidade que está mudando aos poucos com o uso cada vez maior das ferrovias.

Em Cascavel fica um dos terminais de carga do estado. A soja e o milho chegam de caminhões e seguem pelos trilhos até o Porto de Paranaguá. Os grãos lotam os vagões dos trens, que levam 55 toneladas cada um.

A estimativa para este ano é de que passem pelos trilhos do terminal de Cascavel cerca de 800 mil toneladas de grãos, 9% a mais que no ano passado.

Apesar deste aumento, hoje apenas 35% da safra paranaense de grãos passa pelas ferrovias. O número ainda é pequeno em relação ao que se produz na região, mas é algo visto de maneira positiva. 

O entra e sai de caminhões com soja e farelo é intenso também no terminal de Alto Araguaia, região sul de Mato Grosso. Eles chegam de todo o Centro-Oeste.

A cada seis minutos uma descarga é realizada. O terminal funciona 24 horas, tempo suficiente para descarregar 1300 caminhões. Tudo fica guardado até a chegada do trem. Cada composição tem 80 vagões com capacidade para transportar até oito mil toneladas. Depois de carregado, são mais 1400 quilômetros de viagem até o Porto de Santos.

O transporte  ferroviário é  30% mais barato que o terrestre e, por isso, a procura tem aumentando nos últimos anos, como explica o coordenador comercial do terminal, Bruno Pegorini.

Muitos motoristas também esperam que a soja, o milho e o farelo sejam  transportados com maior velocidade. O tempo de espera para descarga dos veículos, estipulado pela  administradora da ferrovia, é de 10 horas, mas muitos afirmam que por várias vezes a demora é bem maior que isso.

Com a superssafra deste ano, estimada em mais de 185 milhões de toneladas, a empresa que administra a ferrovia, a ALL Logística, faz planos.

A Associação dos Transportadores de Carga lembra que também é preciso investir na melhoria das rodovias. Com o novo terminal ferroviário, o movimento deve aumentar na região e para se chegar até lá é importante ter boas estradas.

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