France Presse

19/09/2014 18h04 - Atualizado em 19/09/2014 18h04

EUA descartam contato de soldados com pacientes com ebola na Libéria

Tropas americanas começam a se deslocar para a África para conter doença.
Mais 2.600 pessoas morreram pelo vírus em quatro países.

Da France Presse

V2 - Entenda o ebola e suas consequências (Foto: G1)

Os soldados americanos enviados à Libéria para ajudar na luta contra a epidemia de ebola vão treinar agentes de saúde, mas não vão ter contato direto com os pacientes portadores do vírus, assegurou o Pentágono nesta sexta-feira (19).

O contingente de 3 mil soldados estará equipado, "mas não está previsto neste momento nenhum contato direto com os pacientes", declarou à imprensa o almirante e porta-voz do Exército, John Kirby.

Conforme detalhado, o primeiro avião de carga militar americano chegou em Monróvia na quinta-feira (18), como parte da ajuda no combate à epidemia, que já matou mais de 2.600 pessoas na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa este ano.

Kirby indicou que uma aeronave C-17 com sete membros de sua equipe aterrissou por lá e espera-se que outros dois aviões pousem neste fim de semana com 45 pessoas. A pequena equipe será responsável pela instalação dos escritórios do general Darryl Williams, que supervisionará a missão americana para treinar trabalhadores de saúde locais na montagem de instalações médicas adicionais, acrescentou. O Pentágono pediu US$ 1 bilhão ao Congresso para combater a epidemia, segundo Kirby.

 

Obama anunciou o envio de tropas para o oeste africano no início desta semana, chamando para uma ação global urgente para evitar a propagação do vírus.

Impacto econômico catastrófico
Nesta quarta-feira, o Banco Mundial advertiu que o impacto econômico do ebola pode ser "catastrófico" nos três países no epicentro da epidemia (Serra Leoa, Guiné e Libéria), e causaria um prejuízo de quase US$ 2 bilhões (R$ 4,6 bilhões) até 2015.

O documento afirma que, se a epidemia não for contida em breve, o impacto econômico negativo no próximo ano pode ser oito vezes maior do que se ela for controlada.

"O principal custo dessa epidemia trágica está na perda de vidas e no sofrimento causado, mas nosso estudo mostra que, o quanto antes agirmos e conseguir reduzir os níveis de medo e incerteza, menor será o impacto econômico", disse Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial.

Segundo a instituição, as economias de Guiné, da Libéria e de Serra Leoa já terão uma perda de US$ 359 milhões (R$ 807,7 milhões) em 2014. Se a epidemia fosse contida, haveria uma perda de mais US$ 97 milhões em 2015. Caso contrário, esse impacto pode chegar a US$ 809 milhões.

Na terça, a instituição aprovou uma doação de US$ 105 milhões para conter a expansão da doença na África Ocidental. O financiamento é parte de uma promessa de assistência de US$ 200 milhões que o Banco Mundial aprovou no início de agosto para ajudar Libéria, Serra Leoa e Guiné a conter a epidemia. A Libéria, país com o maior número de infecções pelo vírus, receberá US$ 52 milhões; Serra Leoa, US$ 28 milhões e a Guiné, US$ 25 milhões.

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