Há quase 100 anos, os proprietários da fazenda Haras Barreiro, no município de Ituiutaba, em Minas Gerais, dedicam-se à preservação de raças puras de diversas espécies animais. O trabalho, que começou no início do século 20, está na terceira geração da família Drummond.
Desde 1920, eles trabalham na pecuária brasileira. O criador Arlindo Maximiano Drummond, batizado com o mesmo nome do avô que deu início à saga, faz parte da terceira geração da família. Hoje, o neto é o responsável por dar continuidade ao trabalho.
O lageano e o curraleiro, que são consideradas raças ibéricas, foram pioneiros no Brasil. Os animais chegaram ao país em 1523, trazidos por espanhóis e portugueses. Outra raça de alta resistência no plantel do criador Arlindo Drummond é o guzerá, que na Índia produz leite mesmo com pouca alimentação.
Dados da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) mostram que atualmente o guzerá é a terceira raça em número de registros no Brasil, perdendo apenas para o gir e o nelore.
Na propriedade podem ser encontrados animais da raça kangayam. Tem também o puganôr, que veio da região de Andrapradesch, na Índia; e os jafarabad, originários da península Catiavar, outra região indiana. Os búfalos são animais de forte expressão. As fêmeas são responsáveis pelo abastecimento de leite no país.
No lugar há outras criações como o galo aseel raja murgh, o carneiro de quatro chifres e o porco casco de burro. Todos os animais são de pureza comprovada por exame de DNA realizado pela Universidade de São Paulo (USP).
Durante o ano, estudantes, empresários, convidados e especialistas vão à fazenda para buscar informações e conhecer o trabalho do criador. Na propriedade também há um acervo com milhares de objetos que despertam a atenção de visitantes nacionais e estrangeiros.
Para ler mais notícias do Globo Rural, clique em g1.globo.com/globorural. Siga também o Globo Rural no Facebook e por RSS.
