De longe dá para ver os pontos de luz no meio do milharal, à meia-noite a jornada dos colhedores está só no início.
Agilidade é requisito obrigatório, afinal os trabalhadores ganham por produtividade. Cada um chega a colher por madrugada cerca de uma tonelada e meia, o equivalente a 80 sacos de 18 quilos.
O trabalho é duro e eles também têm o compromisso de ensacar todas as espigas. A qualidade do serviço tem muito a ver com o horário que ficam na roça, eles dizem que colher durante o dia rende menos por causa do calor.
Colher o milho na madrugada tem ainda uma outra vantagem: as espigas podem ser comercializadas fresquinhas, o que representa um bom negócio para o consumidor e para quem produz.
Os colhedores formam um grupo de 12 homens e trabalham para diferentes agricultores durante a safra.
A qualidade do milho também pode ser vista em outras propriedades do município. Em Capela do Alto, sudoeste paulista, o milho verde ocupa 800 hectares. A safra está no pico e a produtividade média é de 10 toneladas por hectare.
Este ano, os produtores estão recebendo R$ 200 pela tonelada, R$ 50 a mais que o valor recebido no ano passado.
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