20/02/2013 17h04 - Atualizado em 20/02/2013 17h10

Dólar fecha em alta sobre real nesta quarta-feira

Moeda norte-americana subiu 0,56%, para R$ 1,966 na venda.
Com isso, divisa distanciou-se da menor cotação desde maio, de R$ 1,955.

Do G1, com informações da Reuters

O dólar comercial fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (20), ultrapassando a marca dos R$ 1,95.

A moeda norte-americana subia 0,56%, para R$ 1,966 na venda.

O cenário internacional está mais avesso ao risco e dados fracos da economia brasileira compensam a pressão vendedora dos bancos sobre o mercado.

Na véspera, a moeda dos EUA caíra 0,41%, para R$ 1,955, menor cotação desde 10 de maio do ano passado, quando encerrou a R$ 1,9521.

Declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que a atual estratégia do banco continua válida neste momento alimentou interpretações entre analistas de que a autoridade usará um real mais apreciado para conter a inflação em vez de subir a taxa básica de juros no curto prazo.

"A expectativa agora é que tenhamos por pelo menos dois meses um cenário de utilização do real para conter a inflação", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "Se não houver sucesso, então o BC usará a Selic", emendou, avaliando que o BC não subirá a taxa básica de juros nas reuniões de março e abril, no mínimo.

A divulgação da inflação oficial de janeiro e declarações do próprio Tombini de que os preços ficarão pressionados no primeiro semestre fizeram o mercado passar a apostar em alta da Selic - atualmente na mínima histórica de 7,25% - neste ano, enquanto o mercado de câmbio ganhou força para buscar patamares mais baixos.

No entanto, o BC evitou duas vezes que o dólar caísse abaixo de R$ 1,95 nas últimas semanas, configurando o que o mercado vê como um novo piso informal.

"Há uma pressão vendedora por causa dos dados de inflação, mas o interesse (do governo) é deixar a moeda perto do piso de R$ 1,95", argumentou um operador de um grande banco nacional, pedindo anonimato. "Então acho que o mercado não está indo com tanta agressividade."

Segundo Nehme, da NGO, o BC não deve aceitar o dólar muito abaixo desse patamar, pois poderia prejudicar os exportadores e provocar críticas do setor industrial, além de causar dificuldades para a recuperação econômica num momento em que a atividade ainda dá sinais de fraqueza.

Nesta manhã, o BC informou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), desacelerou a uma alta de 0,26% em dezembro ante novembro e encerrou 2012 acumulando um crescimento de 1,35%, segundo dados dessazonalizados. Analistas esperavam alta de 0,4% em dezembro.

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