29/09/2014 12h46 - Atualizado em 29/09/2014 12h57

Imagens mostram vandalismo contra condomínio no Morumbi em protesto

Eles usaram enxadas para quebras vidro na entrada de prédio.
Grupo protestava contra a morte de jovem em troca de tiros com PM.

Do G1 São Paulo

Um morador gravou o momento em que moradores de uma comunidade atacaram um prédio na região da Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, durante um protesto no domingo (28), como mostrou o SPTV. Eles protestavam contra a morte de um adolescente do Jardim Colombo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele havia roubado um carro e trocado tiros com a polícia.  

O protesto começou ainda durante a madrugada. Os manifestantes montaram barricadas na Rua João Avelino Pinho Mellão para impedir a chegada da Polícia Militar. A corporação usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Pela manhã, o tumulto recomeçou. 

As imagens feitas com um celular mostram que vândalos usaram enxadas para quebrar os vidros das portas de entrada de um dos prédios. Em seguida, um deles, que estava sem camisa, entrou no condomínio e continuou o quebra-quebra.

“Fiquei desesperada. Tinha certeza de que eles iam subir dentro do condomínio, porque vi eles entrando no prédio com pedras, pedaços de pau e gritando. Do jeito que está, não dá para ir para lugar nenhum. A gente está refém dentro da própria casa”, afirmou uma moradora.

Após o ataque, os moradores do condomínio estão apreensivos. Um chegou a dizer à reportagem do SPTV quem irá colocar o apartamento à venda. Outra moradora foi dormir em um hotel na região e passou no imóvel nesta manhã de segunda-feira (29) para pegar seus pertences nessa manhã.

“É a terceira vez que isso acontece. É uma violência gratuita, que não tem sentido”, disse um morador.

Em outro prédio, os vândalos destruíram câmeras, interfones e a iluminação. Com medo de novos ataques, o síndico colocou mais correntes e cadeados na entrada na tentativa de garantir a segurança.

Segundo a SSP, os próprios moradores disseram ter protestado contra a morte do adolescente. Cerca de 120 policiais trabalharam para conter o protesto.

 

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