05/02/2013 16h31 - Atualizado em 05/02/2013 16h50

Obama propõe ‘pacote menor’ para evitar cortes automáticos de gastos

Sem acordo sobre orçamento, cortes automáticos começam em março.
'Sequestro' vai afetar gastos domésticos e em defesa.

Do G1, em São Paulo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (5), em pronunciamento na Casa Branca, que o Congresso poderá aprovar um pacote menor de reformas tributárias caso não consiga chegar a um acordo completo para evitar cortes automáticos no orçamento do país, previstos para entrarem em vigor em 1º de março.

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na Casa Branca (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na Casa Branca (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)

“Se o Congresso não consegui agir imediatamente em um pacote maior, acredito que devem ao menos passar um pacote menor de reformas tributárias, que vá adiar os efeitos do ‘sequestro’ por mais alguns meses”, afirmou. “Os cortes vão custar empregos. Não é a coisa certa para a nossa economia, não é a coisa certa para quem está procurando emprego”, apontou.

Em seu discurso, Obama pressionou o Congresso para a aprovação de medidas fiscais, afirmando que “não há motivos” para que milhares de norte-americanos percam seus empregos “porque não conseguimos chegar a um acordo”. “Vimos o impacto que a disfunção política pode causar na nossa economia”, disse ele.

“Nossa economia está na direção certa, e vai continuar assim se não houver mais feridas auto infligidas vindas de Washington”.

'Sequestro'
O chamado "sequestro" dos recursos do governo está previsto para entrar em vigor em 1º de março, caso democratas e republicanos não alcancem um acordo para reduzir gastos e aumentar as receitas do governo. Consiste no corte, automático, de gastos domésticos e em defesa, para evitar que a dívida do país siga crescendo.

A medida foi criada em 2011, quando o Congresso aprovou a ampliação do déficit fiscal do país em US$ 2,1 trilhões. À época, o endividamento chegara ao limite de US$ 14,3 trilhões, e o país corria o risco de dar "calote" caso o limite da dívida não fosse elevado. Mas, em troca, a medida exigia chegar a um acordo até o fim de 2012 para cortar US$ 1,2 trilhão em dez anos. Sem isso, o tal “sequestro automático” de gastos seria ativado.

Os cortes deveriam ter se iniciado em 1º de janeiro – mas foram adiados depois que os partidos chegaram a um acordo parcial que determinou que os impostos permaneçam estáveis para a classe média e aumentem para a população que tem renda entre US$ 400 mil, para indivíduos, e US$ 450 mil, para casais.

Para ler mais notícias do G1 Economia, clique em g1.globo.com/economia. Siga também o G1 Economia no Twitter e por RSS.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de