27/03/2013 13h26 - Atualizado em 27/03/2013 13h28

Festival de Holi colore Índia para comemorar chegada da primavera

Festa celebra a fertilidade e busca afugentar os maus espíritos.
Chamado de 'festival da cor', ele atrai cada vez mais turistas estrangeiros.

Da EFE

Com tambores, cantos, bailes e, principalmente, muitas cores, os indianos tomaram as ruas nesta quarta-feira (27) para dar as boas-vindas à primavera com o Festival de Holi.

Para comemorar a chegada do bom tempo e de afugentar os maus espíritos, milhões de indianos de todas as idades foram às ruas para travar uma intensa batalha de água e pós multicoloridos, exaltando uma rica mistura de cores e pessoas.

"É uma festa de felicidade e esperança perante a chegada da época da fertilidade", disse Rohan, um morador de Nova Déli que trazia o rosto pintado com tons de amarelo, verde, azul e vermelho.

O chamado festival da cor, que paralisa a Índia e atrai cada vez mais turistas do mundo todo, é celebrado na primeira lua cheia de março, sendo que suas origens se remetem a diferentes lendas mitológicas dos hindus.

De acordo com uma tradicional narrativa hindu, a origem da festividade possui uma ligação com o rei dos demônios Jirania Kashipú, que tentou matar seu filho Prajlad várias vezes por causa da devoção do mesmo ao deus Vishnu, tendo em vista que só Kashipú podia ser venerado em seus domínios.

Diante de suas frustradas tentativas de matar Prajlad, Kashipú ordenou que sua filha Hólika, imune ao fogo, entrasse junto com seu irmão em uma fogueira para queimá-lo.

No entanto, a filha do rei acabou ardendo na fogueira, enquanto Prajlad seguia vivo. A moral da história gira em torno da vitória do bem sobre o mal, mas hoje acaba sendo reconvertida em uma agitada e divertida celebração.

Outra lenda aponta que o deus Krishna, por causa de seu imortal amor por Radha, lançou cores no rosto da mesma para escurecê-la, já que ela tinha a pela mais clara do que a dele.

Assim, Krishna daria início a festa da cor, a qual consegue atenuar momentaneamente as gruitantes diferenças sociais da rígida sociedade indiana, já que essa é a única celebração que envolve todo país.

"É precioso. O povo se pinta e arremessa pós coloridos como se conhecessem seu suposto oponente a vida toda", afirmou Andrea, uma turista espanhola que aproveito a ocasião para conhecer Nova Déli.

Além da guerra de cores, os jovens indianos também aproveitam a festividade para paquerar. Isso porque, nesta data, as conservadoras normas sociais indianas acabam relaxando um pouco, enquanto o uso do "bhang", uma bebida de leite com maconha, ajuda a quebrar a timidez.

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