23/01/2013 16h42 - Atualizado em 23/01/2013 17h16

País deixou de arrecadar R$ 46 bi em 2012 por cortes de tributos

Fisco listou 18 medidas anunciadas pelo governo para reduzir tributos.
Entre elas, desoneração da folha, zeragem da Cide e redução do IPI.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

PRINCIPAIS RENÚNCIAS FISCAIS

Medida

Valor da renúncia (em R$ bilhões)

Zeragem da Cide Combustíveis

8,85

Incentivo a aquisições de máquinas e equipamentos

7,6

Aumento dos limites do Simples Nacional

5,3

Desoneração da folha de pagamentos

3,8

Reintegra

3,4

Redução de IPI dos automóveis

2,85

Redução do IPI da  linha branca

1,17

Redução do IPI de móveis

1

Correção da tabela do IR

2,36

Redução do IOF para empréstimos

2,8

 A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (23) que as reduções de tributos anunciadas pelo governo federal nos últimos anos geraram uma renúncia fiscal (perda de arrecadação) no valor de R$ 46,6 bilhões em 2012, um pouco acima do valor de R$ 45 bilhões que vinha sendo citado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo a secretária-adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, este valor não é exato, visto que ainda não foram confirmadas informações sobre a desoneração da folha de pagamentos de novembro e dezembro do ano passado. "Mas está muito perto disso", acrescentou ela.

O Fisco listou 18 medidas adotadas pelo governo federal que resultaram em queda da arrecadação no ano passado. Entre elas, a zeragem da Cide de Combustíveis, no meio de 2012, que gerou a renúncia fiscal de R$ 8,85 bilhões, a redução gradual do prazo de apropriação de créditos sobre aquisições de máquinas e equipamentos (impacto de R$ 7,6 bihões), o aumento dos limites do Simples Nacional (R$ 5,3 bilhões) e a desoneração da folha de pagamentos de setores da economia – com impacto estimado de R$ 3,8 bilhões em 2012.

Além destas medidas, a equipe econômica também anunciou, no ano passado, o Reintegra (devolução de 3% das exportações de manufaturados), que gerou uma renúncia de R$ 3,4 bilhões em 2012, a redução do IPI sobre automóveis (impacto de R$ 2,85 bilhões), sobre a linha branca (R$ 1,17 bilhão) e sobre materiais de construção (R$ 1,66 bilhão) e sobre móveis (R$ 1 bilhão).

Também houve, entre outras medidas, a correção da tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas em 4,5%, com impacto de R$ 2,36 bilhões na arrecadação, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas de 3% para 1,5% ao ano (o que gerou uma renúncia de R$ 2,8 bilhões).

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