23/01/2013 13h05 - Atualizado em 23/01/2013 13h05

FMI reduz previsões de crescimento dos PIBs do Brasil e mundial

Fundo projeta expansão de 3,5% na economia brasileira em 2013.
Riscos agudos de crise foram reduzidos na zona do euro e nos EUA.

Do G1, em São Paulo

PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO (em %)
Região/País 2013 2014
Mundo 3,5 4,1
Economias avançadas 1,4 2,2
Estados Unidos 2 3
Zona do euro -0,2 1
Alemanha 0,6 1,4
França 0,3 0,9
Itália -1 0,5
Espanha -1,5 0,8
Japão 1,2 0,7
Reino Unido 1 1,9
Mercados emergentes e economias em desenvolvimento 5,5 5,9
Europa Central e do Leste 2,4 3,1
Rússia 3,7 3,8
China 8,2 8,5
Índia 5,9 6,4
América Latina e Caribe 3,6 3,9
Brasil 3,5 4
México 3,5 3,5
África Subsaariana 5,8 5,7
África do Sul 2,8 4,1
União Europeia 0,2 1,4

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, em relatório divulgado nesta quarta-feira (23), as previsões de crescimento para a economia mundial e para o Brasil. De acordo com o fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,5% em 2013 e 4% em 2014 – uma queda de 0,1 ponto percentual, nos dois anos, em relação às previsões anteriores, divulgadas em outubro.

Se as previsões do FMI se concretizarem, o crescimento brasileiro será segundo o menor entre os países dos Brics em 2013. Na Rússia, a expansão prevista é de 3,7%; na Índia, de 5,9%; e na China, de 8,2%. A expansão do PIB brasileiro deve ser maior apenas que a da África do Sul, onde a previsão é que a economia cresça 2,8% este ano.

Já a economia global deve crescer 3,5% este ano e 4,1% no próximo, também uma redução de 0,1 ponto percentual em ambos os anos frente ao previsto no relatório de outubro.

“O crescimento global deve se acentuar em 2013, uma vez que e espera que os fatores responsáveis pela baixa atividade global percam força. Entretanto, essa virada deve ser mais gradual que a prevista nas projeções de outubro”, diz o FMI.

O FMI aponta que as condições econômicas tiveram uma melhora modesta no terceiro trimestre de 2012, com o crescimento global chegando a 3%. A alta é atribuída às economias emergentes, “onde a atividade crescem amplamente, como esperado”, e nos Estados Unidos, “onde o crescimento surpreendeu”.

Segundo o relatório, os riscos agudos de crise foram reduzidos na zona do euro e nos Estados Unidos. Mas, na zona do euro, o retorno à recuperação após a contração econômica está atrasado.

“Se os riscos de crise não se materializarem e as condições financeiras continuarem a melhorar, o crescimento global pode ser maior que o projetado”, diz o fundo, ressaltando, no entanto, que os riscos continuam significantes e que é preciso ações urgentes para contê-los.

Países e regiões
Nos Estados Unidos, o PIB deve registrar crescimento de 2% em 2013 e 3% em 2014, praticamente sem mudança em relação às previsões de outubro, com a ajuda dos mercados financeiros e a melhora no mercado imobiliário.

Na zona do euro, as previsões de crescimento foram revisadas para baixo, “apesar dos ajustes” feitos por conta da crise da região, que reduziram os riscos e melhorar as condições fiscais dos países. A atividade econômica deve se contrair em 0,2% em 2013, uma acentuada piora frente à previsão anterior de alta de 0,2%.

Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, o crescimento “está nos trilhos para alcançar 5,5% em 2013”, segundo o fundo. O crescimento, no entanto, não deve retomar os altos patamares registrados em 2010 e 2011.

“O espaço para mais incentivos fiscais diminuiu, enquanto gargalos de fornecimento e incertezas sobre legislações prejudicaram o crescimento em algumas economias (por exemplo, Brasil e Índia”, diz o relatório.

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