PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO (em %) | ||
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Região/País | 2013 | 2014 |
Mundo | 3,5 | 4,1 |
Economias avançadas | 1,4 | 2,2 |
Estados Unidos | 2 | 3 |
Zona do euro | -0,2 | 1 |
Alemanha | 0,6 | 1,4 |
França | 0,3 | 0,9 |
Itália | -1 | 0,5 |
Espanha | -1,5 | 0,8 |
Japão | 1,2 | 0,7 |
Reino Unido | 1 | 1,9 |
Mercados emergentes e economias em desenvolvimento | 5,5 | 5,9 |
Europa Central e do Leste | 2,4 | 3,1 |
Rússia | 3,7 | 3,8 |
China | 8,2 | 8,5 |
Índia | 5,9 | 6,4 |
América Latina e Caribe | 3,6 | 3,9 |
Brasil | 3,5 | 4 |
México | 3,5 | 3,5 |
África Subsaariana | 5,8 | 5,7 |
África do Sul | 2,8 | 4,1 |
União Europeia | 0,2 | 1,4 |
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, em relatório divulgado nesta quarta-feira (23), as previsões de crescimento para a economia mundial e para o Brasil. De acordo com o fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,5% em 2013 e 4% em 2014 – uma queda de 0,1 ponto percentual, nos dois anos, em relação às previsões anteriores, divulgadas em outubro.
Se as previsões do FMI se concretizarem, o crescimento brasileiro será segundo o menor entre os países dos Brics em 2013. Na Rússia, a expansão prevista é de 3,7%; na Índia, de 5,9%; e na China, de 8,2%. A expansão do PIB brasileiro deve ser maior apenas que a da África do Sul, onde a previsão é que a economia cresça 2,8% este ano.
Já a economia global deve crescer 3,5% este ano e 4,1% no próximo, também uma redução de 0,1 ponto percentual em ambos os anos frente ao previsto no relatório de outubro.
“O crescimento global deve se acentuar em 2013, uma vez que e espera que os fatores responsáveis pela baixa atividade global percam força. Entretanto, essa virada deve ser mais gradual que a prevista nas projeções de outubro”, diz o FMI.
O FMI aponta que as condições econômicas tiveram uma melhora modesta no terceiro trimestre de 2012, com o crescimento global chegando a 3%. A alta é atribuída às economias emergentes, “onde a atividade crescem amplamente, como esperado”, e nos Estados Unidos, “onde o crescimento surpreendeu”.
Segundo o relatório, os riscos agudos de crise foram reduzidos na zona do euro e nos Estados Unidos. Mas, na zona do euro, o retorno à recuperação após a contração econômica está atrasado.
“Se os riscos de crise não se materializarem e as condições financeiras continuarem a melhorar, o crescimento global pode ser maior que o projetado”, diz o fundo, ressaltando, no entanto, que os riscos continuam significantes e que é preciso ações urgentes para contê-los.
Países e regiões
Nos Estados Unidos, o PIB deve registrar crescimento de 2% em 2013 e 3% em 2014, praticamente sem mudança em relação às previsões de outubro, com a ajuda dos mercados financeiros e a melhora no mercado imobiliário.
Na zona do euro, as previsões de crescimento foram revisadas para baixo, “apesar dos ajustes” feitos por conta da crise da região, que reduziram os riscos e melhorar as condições fiscais dos países. A atividade econômica deve se contrair em 0,2% em 2013, uma acentuada piora frente à previsão anterior de alta de 0,2%.
Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, o crescimento “está nos trilhos para alcançar 5,5% em 2013”, segundo o fundo. O crescimento, no entanto, não deve retomar os altos patamares registrados em 2010 e 2011.
“O espaço para mais incentivos fiscais diminuiu, enquanto gargalos de fornecimento e incertezas sobre legislações prejudicaram o crescimento em algumas economias (por exemplo, Brasil e Índia”, diz o relatório.
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