25/01/2013 11h32 - Atualizado em 28/01/2013 12h38

Crédito bancário desacelera em 2012, mas bate recorde de 53,5% do PIB

No ano passado, crédito bancário cresceu 16,2%, frente a 19% em 2011.
Volume de crédito dos bancos atingiu R$ 2,35 trilhões no fim de 2012.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O volume total de crédito bancário ofertado pelos bancos cresceu 16,2% em 2012 e somou R$ 2,35 trilhões no fim do ano passado, segundo números divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Banco Central. Com isso, registrou desaceleração frente ao ano anterior, quando foi verificada uma alta de 19%. Mesmo assim, na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), atingiu novo recorde histórico ao somar 53,5%, contra 49% em dezembro de 2011.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, uma taxa de crescimento de 16%, registrada no ano passado, é "importante". "Cresceu acima do PIB nominal. Um fator relevante neste ciclo de crescimento da economia brasileira, a exemplo do que foi nos últimos anos. Essa moderação vem ocorrendo ano a ano. Em 2008, o crescimento superou 30%. Em 2009, foi um ano de crise, atípico. Em 2010 e 2011, subiu 21% e 19%. A expansão vem moderando convergindo para taxas sustentáveis, em torno de 15% de crescimento. Isso é uma tendência de longo prazo", declarou ele, lembrando que a previsão, para 2013, é de uma alta de 14% no crédito bancário.

Segundo a autoridade monetária, a evolução do saldo de crédito foi sustentada em 2012, principalmente, pelo desempenho das operações com recursos direcionados (crédito habitacional e rural). "No crédito com recursos livres, destacaram-se, no segmento de pessoas jurídicas, as modalidades de conta garantida e adiantamento sobre contratos de câmbio (ACC), enquanto nas carteiras de pessoas físicas, sobressaíram as operações de crédito pessoal", informou.

Os créditos com recursos livres (sem destinação específica) corresponderam a 63% da carteira total do sistema financeiro, comparativamente a 64,3% em 2011, atingindo R$ 1,48 trilhão em dezembro, com aumento de 13,9% no ano.

"Os financiamentos para pessoas jurídicas registraram saldo de R$ 762 bilhões, a partir de acréscimos de 3,3% no mês e 16,5% em doze meses, resultantes das variações respectivas de 4% e 16% nas carteiras com recursos domésticos e da redução de 3,2% e aumento de 18,2% nas operações financiadas com recursos externos, nessa ordem. Os empréstimos a pessoas físicas somaram R$ 724 bilhões, assinalando expansões de 0,9% e 11,2% nos períodos mencionados", informou a autoridade monetária.

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