O Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu nesta quinta-feira (14) arquivar o pedido de suspensão da campanha de verão da Devassa, estrelada pela atriz Alinne Moraes. O arquivamento foi decidido pela maioria dos 14 conselheiros que participaram da reunião.
Com a decisão, os filmes da campanha "Tenha sua primeira vez com uma Devassa" foram autorizados pelo Conar a continuarem sendo veiculados na TV e na internet.
Devassa (Foto: Reprodução)
Segundo o Conar, caso não ocorra nenhum recurso, no prazo de 5 dias, o processo será arquivado em definitivo.
No filme lançado na véspera do Carnaval, a Devassa convida os consumidores a terem sua "primeira vez" com a Devassa (Clique aqui para ver o filme).
O processo no Conar foi aberto após denúncia de consumidores que questionaram a “associação da cerveja à iniciação sexual”, e acusaram a propaganda de ser "desrespeitosa" e de estimular jovens a “assumir um comportamento de risco”.
Em dua defesa, a Kirin, fabricante da Devassa argumentou que o trocadilho estava totalmente inserido dentro do espírito de bom humor da propaganda.
Criado pela agência Mood e produzido pela O2 Filmes, o filme retrata a repercussão da primeira vez do personagem Deco Silva. Nos instantes finais, a nova garota-propaganda da marca aparece e declara: “A Devassa te pega pelo colarinho, te seduz pelo aroma e te dá água na boca”.
Processo contra Cadiveu é arquivado
Na mesma reunião, o Conar também decidiu pelo arquivamento do processo aberto contra a marca de cosméticos e produtos capilares Cadiveu.
A empresa foi acusada por consumidoras de promover uma propaganda racista após publicar em sua fanpage no Facebook um álbum de fotos de uma ação de divulgação para o estande da marca na Beauty Fair 2012. Na ação de marketing, visitantes foram convidados para posarem usando perucas gigantes, que lembram um penteado black power, e mostrando uma placa com os dizeres: “Eu preciso de Cadiveu".
Em sua defesa, a empresa alegou que tratou-se de uma "brincadeira" e que emitiu uma nota se desculpando.
O Conar entendeu que a ação perdeu o objeto, uma vez que as fotos foram retiradas da página da marca no Facebook. Em seu voto, porém, a relatora recomendou a publicação da nota oficial no site da empresa e na página da Cadiveu no Facebook.
O órgão informou ainda que a relatora do processo considerou que a ação de marketing não se constituiu numa atitude racista uma que não citava diretamente um produto para alisamento, somente o nome da marca.