O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) lançaram na manhã desta terça-feira (5) uma parceria com o Banco Mundial e as Organização das Nações Unidas para compartilhar com outros países informações e técnicas usadas no Brasil para combate à miséria.
A iniciativa pretende criar um banco virtual para abrigar informações, dados e experiências sobre programas de desenvolvimento social e econômico. No Brasil a iniciativa terá três etapas e será centralizada no programa Brasil Sem Miséria.
No início, o compartilhamento deve capacitar uma rede de profissionais do Brasil e do exterior para trabalharem com ensino à distância, com seminários e conferências internacionais para divulgar as premissas do programa.
Em seguida será feito um estudo de casos, para identificar quais foram as políticas aplicadas para o sucesso ou fracasso das ações. Na terceira etapa a iniciativa irá reunir opiniões e sugestões no intuito de desenvolver soluções para as dificuldades de implementação dos projetos sociais no mundo.
Para o Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, o Brasil é referência internacional e pode ensinar outros países a lutarem contra a miséria. "Este acordo reconhece o Brasil como um líder global na redução da pobreza e da desigualdade. Os avanços apresentados na última década foram notáveis e o mundo pode obter um grande aprendizado com a experiência brasileira", afirmou Jim.
Segundo o diretor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Jorge Chediek, o "Brasil é um exemplo" para os demais países emergentes, e têm inspirado programas nos países do bloco sul-sul, como: o Projeto Juntos, do Peru que já beneficiou 500 mil pessoas.
A ministra Tereza Campello também discursou na cerimônia e destacou o exemplo do Bolsa Família como um programa que traz resultado. "O Bolsa Família, é de fato a base para as políticas de superação da extrema pobreza."
Campello finaliza dizendo que a exterminação da pobreza é só o começo. "Podemos afirmar que o fim da miséria é só o começo. Queremos garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social do pobre", afirmou.