25/02/2013 09h10 - Atualizado em 25/02/2013 09h27

Papa entregará relatório sobre o Vatileaks apenas a sucessor

Bento XVI se reuniu com cardeais que elaboraram relatório sobre caso.
Conteúdo permanecerá restrito e será entregue ao novo Papa.

Da France Presse

O Papa Bento XVI decidiu entregar "exclusivamente" a seu sucessor o relatório secreto elaborado por três cardeais sobre o vazamento de documentos confidenciais do pontífice, o escândalo conhecido como "Vatileaks".

"O Santo Padre decidiu que os resultados deste relatório, cujo conteúdo apenas Sua Santidade conhece, permaneçam exclusivamente à disposição do novo Pontífice", informa uma nota oficial do Vaticano.

Alguns veículos da mídia italiana pediram que o relatório fosse publicado antes do conclave que irá escolher o próximo papa.

Bento XVI recebeu na manhã desta segunda-feira (25) os três cardeais que fizeram o relatório, Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi, em uma audiência privada no Vaticano.

Segundo o Vaticano, o Papa agradeceu os cardeais pelo trabalho e expressou satisfação com o resultado do relatório. Bento XVI também anunciou o fechamento da comissão cardinalícia criada para analisar o caso, segundo o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

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Papa Bento XVI abençõe multidão de fiéis presentes neste domingo durante a oração do Ângelus (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)Papa Bento XVI abençõe multidão de fiéis presentes neste domingo durante a oração do Ângelus (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)

Conclave
Bento XVI aprovou as mudanças necessárias na legislação da Igreja Católica para permitir que os cardeais iniciem o Conclave que irá eleger seu sucessor antes do prazo originalmente estipulado, de 15 dias após o ínicio da Sé Vacante, período que começa com a morte ou renúncia de um pontífice.

Segundo a Santa Sé, o Papa aprovou um “Motu Proprio” (um documento papal) que introduz algumas modificações sobre o processo de desenvolvimento do próximo Conclave.

Com o decreto, foi concedida aos cardeais a possibilidade de antecipar o início do conclave caso todos estejam presentes no Vaticano. Permanece a possibilidade de adiar o início da votação por até 20 dias após o início da Sé Vacante, caso seja necessário para a chegada dos cardeais, segundo o jornal italiano “La Stampa”.

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